Técnicas de
memorização ajudam no estudo
Confira
algumas dicas:
Você já pensou
em por que nós nunca esquecemos coisas que aprendemos quando criança? O ser
humano aprende, preferencialmente, pela repetição. A criança repete o que os
pais falam, o que os pais fazem, as músicas e os gestos.
Mas na hora do
estudo, a repetição para decorar o material didático não é a melhor fórmula.
“Decoreba funciona? Sim! Muitos alunos passam de ano decorando. É a melhor
estratégia? Não! Perde-se tempo e confiança no processo”, considera Renato
Alves, preparador mnemônico e autor do livro “Não Pergunte se Ele Estudou –
Como Desenvolver nos Filhos o Interesse e a Motivação nos Estudos”.
“É possível
acelerar em até dez vezes o aprendizado utilizando ferramentas simples de
memorização e pequenas mudanças de hábitos na rotina do aprendizado”, completa.
1ª Dica:
Deixar de estudar uma matéria porque você não gosta dela – Nem todo mundo gosta
de matemática. Mas você conhece alguém que tenha passado em um vestibular, por
exemplo, sem saber o mínimo da matéria? O importante é intercalar: se você detesta
matemática e adora história, pode começar com a primeira e, depois, se
concentrar na disciplina mais “prazerosa”.
2ª Dica:
Deixar dúvidas para trás – Não tirar dúvidas pode trazer sérios problemas. E se
o que cair na prova for justamente o que você ficou com dúvida? É importante
que o estudante frequente plantões ou arranje outros métodos para tentar
entender o assunto. Durante os estudos, é prudente que ele anote os pontos
obscuros da matéria para evitar que os esqueça.
3ª Dica: Comer algo (muito) diferente na véspera de
uma prova – Imagine a situação: um estudante tem, por hábito, comer uma
feijoada de café da manhã, todos os dias. No dia do vestibular, ele decide
comer algo “leve” e encara uma salada. O resultado é que, se ele não tiver
sorte, pode até desmaiar de fome durante a prova. Claro que, em um dia de
provas, o estudante deve preferir alimentos que deem energia (macarrão pode ser
uma saída, por exemplo). No entanto, não dá para ingerir algo muito diferente
do que se está habituado -o efeito pode ser pior. Peixes magros, linhaça,
frutas amarelas e cítricas, muita água e chocolate amargo são alimentos que
ajudam a manter a concentração.
4ª Dica: Não
parar para descansar – Não estude mais do que quatro horas por dia, além do
período que você está na escola. Maria Beatriz Loureiro de Oliveira,
coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp
(Universidade Estadual Paulista), recomenda uma soneca, caso o estudante esteja
em casa depois de voltar da escola. “Descanse no mínimo 20 minutos. Uma
cochilada. Eu fazia isso com meus filhos. Antes das 15h, não comece”, diz.
5ª Dica: Fazer
anotações pouco eficientes – Quem nunca fez uma anotação e, dias depois, não
conseguiu entender uma letra do que estava lá? Por isso, é importante ser
preciso e criar estratégias de anotação, para que se tenha (pelo menos) ideia
do que está na frente. Veja algumas dicas de como fazer boas anotações.
6ª Dica:
Deixar de criar um hábito de estudos – Segundo a professora Maria Beatriz,
criar um “padrão” de estudos ajuda bastante. Por exemplo: reúna tudo o que você
precisa no seu local de estudos -como caneta, cadernos, livros etc. De acordo
com ela, isso, claro, pressupõe uma organização anterior, para saber exatamente
o que é necessário. “O aluno fala: ‘Ah, esqueci minha caneta’. Mas, daí, vai na
geladeira pegar um suco…”.
7ª Dica:
Estudar em grupo e levar tablet, celular, notebook… – Se os estudantes não
tiverem um foco muito específico, esses objetos podem tirar a concentração e
atrapalhar toda a organização de estudos. A professora Maria Beatriz ainda dá
um aviso a pais e mães: não fiquem ligando para o filho para perguntar se ele
está estudando. Isso só vai provocar o efeito contrário.
8ª Dica: Usar
a internet para estudar e deixar Facebook, Orkut e MSN abertos – A professora
Maria Beatriz dá um exemplo. “Tem alunos que dizem assim: ‘eu fico bem, deixo o
computador ligado, estudo numa boa’. Daí fica dando sinal [de chat] no
Facebook”, diz. Não serve a desculpa de “vou deixar o chat ligado para tirar
uma dúvida com um amigo”: você pode tirá-la, depois, pessoalmente ou em um
plantão de dúvidas.
9ª Dica: Usar
estimulantes – Tomar café, energético ou alguma bebida à base de cafeína na
hora do estudo só adia o cansaço: ele volta, depois, muito mais forte. O ideal
é parar de estudar e descansar um pouco.
10ª Dica: Usar
provas muito antigas para estudar para o vestibular – O ideal é pegar as provas
aplicadas nos três últimos anos e verificar, também, se não houve mudanças no
formato do vestibular. Questões de exatas, como as de matemática e física, por
terem mais itens “clássicos”, estão menos sujeitas a mudanças. No entanto,
questões de história e geografia cobram mais itens da atualidade, o que deixa
provas mais antigas desatualizadas.
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Para a
coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp
(Universidade Estadual Paulista), Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, é
importante que o estudante crie um hábito, uma rotina. E como criar esse
hábito?
“Para criar
hábitos de estudos e concentração, o estudante tem que tirar todas as outras
preocupações. Naquele momento, ele tem que ficar mais ligado na questão de
estudar”, diz.
Segundo a
professora, há algumas dicas que ajudam. Ao chegar em casa depois da escola (ou
do cursinho), por exemplo, descanse. “Nunca emende uma atividade na outra. Tire
uma soneca de 20 minutos, faça um relaxamento. Busque nunca fazer atividade que
exija ficar ligado em outras coisas”.
Além disso, é
importante ser organizado. “Para criar hábitos de estudo, é preciso que se
tenha todas as coisas. Isso pressupõe uma organização anterior. Deixe todas as
coisas que serão necessárias por perto. O aluno fala: ‘Ah, esqueci minha
caneta’. Mas, daí, vai na geladeira pegar um suco”, diz.
Tire as
dúvidas depois
Maria Beatriz
lembra um “truque” muito usado por estudantes para ficar, por exemplo, com o
celular na mão enquanto estudam: consultar um amigo no caso de “dúvida”. “Deixa
para depois. Faz um caderninho de anotação. Isso não tira concentração, dá mais
tranquilidade e permite que eles se organizem no sentido de buscar esclarecer
os pontos que estão difíceis”, afirma. Depois de “catalogar” as dúvidas no
caderno, leve-as a professores ou a plantões.
Pais e mães
podem ajudar nesse aspecto -evitando ligar justamente para perguntar se o filho
está estudando. “A pessoa nunca deve deixar naquele espaço que ninguém
interfira. Só em casos de urgência. Ninguém cria hábitos se houver alguém
fiscalizando.”
O erro mais
comum “O estudante quer absorver todo o conteúdo numa leitura só. A leitura de
um texto implica em uma segunda leitura. Essa releitura é que faz o aluno fixar
o aprendizado. O erro mais comum é a falta de paciência”, aponta Alves
O tempo para o
estudante esquecer aquela informação é, em média, de três segundos, por isso um
aluno que estudou o conteúdo superficialmente esquece rápido aquilo que leu.
Usar
estratégias mnemônicas na hora do estudo estimula o aprendizado e faz com que o
indivíduo guarde aquele conteúdo na memória por mais tempo, seja por três semanas
ou para o resto da vida.
Elyzabeth
Caetano, 34, gestora de recursos humanos, diz que os métodos de memorização
ajudaram na hora de realizar a segunda graduação na universidade.
“Entrei com
duas semanas de atraso na faculdade e, naquela semana, haveria uma prova de
direito previdenciário. Eu não dominava o assunto e tinha uma apostila de 80
páginas para estudar. Aprendi a técnica de resumo e fichamento e isso me ajudou
a realizar uma leitura mais rápida e objetiva e reter o conteúdo em um curto período”,
conta.
Fonte: Uol
Educação
Quem somos
Ações para
integrar os alunos transferidos no segundo semestre
Chegar a uma
escola nova nunca é fácil para um estudante. A situação fica ainda um pouco
mais complicada quando essa mudança é feita no meio do ano letivo. É preciso
tomar uma série de providências para que esse aluno seja bem recebido, se sinta
bem na escola nova e ainda tenha sua aprendizagem garantida, mesmo que ele
tenha chegado à nova instituição com algumas defasagens.
Em meio a essa
série de mudanças, o estudante e a família dele precisam de uma atenção
especial da equipe escolar. A transição do aluno tem de ser feita com atenção
para evitar que ele se sinta desmotivado e perca a curiosidade pela escola.
Nesta e nas próximas páginas, listamos sete atitudes que devem ser tomadas pela
equipe gestora para tornar esse processo mais eficiente:
1. Chame os
pais para uma conversa informal
Na conversa
com os pais, o coordenador pedagógico tem que ter o máximo de cuidado ao
investigar os motivos pelos quais esse aluno está mudando de escola,
principalmente se a causa não for mudança de endereço. Neste primeiro contato,
é muito importante deixar a família livre para enumerar seus motivos e,
eventualmente, omitir algumas informações. “É preciso primeiro estabelecer uma
relação de confiança”, afirma Arlete Persoli, gestora do Centro de Convivência
Social e Cultural de Heliópolis, em São Paulo. “Com o passar do tempo,
professores e coordenadores pedagógicos descobrem algumas coisas”, diz. Nem
sempre a família se sente à vontade para expor os problemas numa primeira
conversa – não deixe a entrevista com um caráter investigativo, nem apareça com
questionários ou formulários para os pais responderem. Um bate papo informal
neste momento pode valer muito mais a pena.
Os pais
precisam estar à vontade para contar os problemas e sentir que podem contar com
a escola para resolvê-los.
2. Apresente a
escola ao novato
A apresentação
da escola aos novos alunos pode ser feita pela coordenação pedagógica ou pelos
próprios colegas. Na EMEF Desembargador Amorim Lima, em São Paulo, quando um
novo estudante chega no meio do ano, são os próprios alunos quem apresentam os
espaços da escola. “Acreditamos que o aluno se sente mais à vontade quando é
recepcionado por alguém que é seu par, e não por um gestor da escola”, diz Ana
Elisa Siqueira, diretora da escola.
Seja qual for
o modo de apresentação, é essencial que no dia em que essa criança começar, ela
seja apresentada aos professores que vão dar aulas para ela e aos colegas que
estudarão na sala dela. “Na hora da apresentação, reforce aos colegas da
criança que eles vão precisar ajudar o amigo na hora do intervalo, apresentar os
espaços da escola, mostrar onde é servida a merenda, onde fica o jardim, a
quadra”, afirma Maria Inês Miqueleto, coordenadora pedagógica da EE Profª Maria
Aparecida dos Santos Oliveira, em Ibitinga, São Paulo.
3. Apresente a
escola e suas normas aos pais do aluno
Explicar o
projeto político pedagógico da escola aos pais, bem como apresentar quais serão
os conteúdos que o aluno terá até o final daquele ano letivo são atitudes
essenciais para que a família saiba por que a criança vai ter ou não determinado
conteúdo e de que forma ele será dado. Nesse momento, também é oportuno falar
sobre o uso de uniformes e dar orientações sobre como essa criança pode cuidar
do próprio material. Ao conhecer as regras da escola, os pais podem ajudar seus
filhos a se adaptar mais rapidamente. Apresente também as conquistas já
realizadas pela escola no decorrer dos anos, mas não se esqueça de expor as
dificuldades e as providências que estão sendo tomadas para superá-las. “Manter
o diálogo com os pais e gerar um sentimento de corresponsabilização da família
pela participação e pelo desempenho dos filhos é bem importante neste momento”,
afirma Arlete.
4. Converse
com a criança
A criança
precisa se sentir acolhida não só na sala de aula, mas na escola como um todo.
Para isso, converse com ela no dia em que chegar à escola – procure saber de
qual disciplina ela mais gosta e por que, peça para ela mostrar o material para
você. Assim, ela mesma já conta o que aprendeu, quando etc.
Essa
aproximação é importante porque, dependendo do contexto pelo qual esse aluno
mudou de escola, ele já pode chegar achando que não vai ser bem recebido ou que
está sendo observado de forma diferente. Aproveite este momento para informar
ao estudante algumas regras básicas da escola – horários, abertura dos portões
de entrada e saída, uso do uniforme e cuidado com os materiais.
5. Investigue
o que esse aluno já sabe
Busque e
analise o currículo da escola de onde esse aluno veio e conheça minimamente
quais foram os trabalhos desenvolvidos pela criança. Se possível, peça aos pais
que tragam o material didático que o filho usava na escola anterior – livros,
cadernos, avaliações e o que mais tiverem à disposição. “Isso vai ajudar a
definir qual será o melhor grupo de trabalho em que ele pode ser encaixado”,
afirma Ana Elisa.
Nem sempre
aplicar atividades de diagnóstico por escrito para esse aluno é o melhor
caminho. Chegar à escola e começar a fazer um monte de avaliações pode
desestimular o aluno. Analisar o desempenho dele nas atividades desenvolvidas em
sala de aula, por meio do retorno dos professores, e ajudar a desenvolver
estratégias para que esse estudante avance e alcance seus colegas podem ser
estratégias mais interessantes.
Quando esse
aluno chega com muita defasagem, às vezes é necessário encaminhá-lo para aulas
de reforço. “O coordenador precisa que os pais se comprometam a levar os
filhos, isso porque essas aulas acontecem no contraturno”, explica Maria Inês.
“Essa recomendação é ainda mais importante quando as crianças são muito novas e
não conseguem ir sozinhas para a escola”, diz.
6. Cuide dos
procedimentos burocráticos
No ato da
matrícula, a família já deve trazer o histórico escolar do aluno. Porém, a
ausência do documento não pode impedir que a matrícula seja feita. A equipe
gestora deve dar um prazo a esses pais, que não pode ultrapassar 60 dias, para
receber a papelada – histórico, atestado de vacina, RG e CPF dos pais ou
responsáveis e a ficha de matrícula preenchida. A transferência oficial deste
aluno (mudança do registro dele no sistema) é feita por meio das Secretarias
envolvidas.
7. Dedique um
tempo da reunião de formação para falar exclusivamente desses alunos
O desempenho
do aluno em sala e as respostas que ele dá a partir das intervenções feitas
pelos professores precisam ser observados com atenção especial pelos docentes.
Enquanto esse aluno estiver em fase adaptação, ele deve ser um dos assuntos
previstos na pauta das reuniões da coordenação com os professores. Só
conhecendo exatamente suas potencialidades e suas fraquezas é que a equipe
escolar poderá ajudar esse aluno a se integrar à rotina da escola.
Fonte: Revista
Abril