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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Parabéns Psicopedagogos! Hoje é o nosso dia!


A borboleta e a psicopedagogia

"Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentar o casulo com meu hálito. Eu o esquentava e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las. Curvado por cima dela, eu a ajudava com o calor do meu hálito. Em vão. Era necessário um acidente natural e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol - agora era tarde demais. Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo. Ela se agitou desesperada, alguns segundos depois morreu na palma da minha mão. Aquele pequeno cadáver é, eu acho, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal forçar as leis da natureza. Temos que não nos apressar, não ficar impacientes, seguir com confiança o ritmo do Eterno."

Nikos Azanizaki

Esta pequena história nos faz pensar num dos aspectos do trabalho psicopedagógico, ou seja, sobre o respeito ao aluno e às necessidades de aprendizagem de cada criança. A lagarta passa por um longo processo de transformação para virar borboleta e poder voar. A lagarta se alimenta muito para crescer. Este "alimenta-se para crescer" do ponto de vista da psicopedagogia são as experiências que a criança vai adquirindo em contato com as pessoas, os objetos e o mundo em geral. Há que se selecionar os "alimentos estímulos" mais apropriados para este crescimento. Depois, ao formar o casulo, a lagarta entra em repouso. Este tempo é necessário para que haja uma assimilação e uma acomodação das experiências, para que o sujeito as possa tomar como suas, fazendo e refazendo, como se construísse o seu casulo. Mas, há o tempo de sair do casulo e poder voar. Tempo de mostrar, de expressar, de comunicar. As formas de mostrar o que se sabe são variadas, às vezes são desenhos, ou são novas brincadeiras, ou, até novas perguntas. Só que cada lagarta tem seu tempo de casulo e seu tempo de ser borboleta. Não há como forçar e nem como acelerar os tempos, sem o risco de perdermos o vôo da borboleta!

Os comentários sobre a história da borboleta foram feitos por Erzsebet Mangucci - autora do livro Vivendo a Leitura e a Escrita, da Solução Editora.




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Projeto de lei quer implantar tratamento da dislexia em escolas públicas

Proposta da Câmara dos Deputados pretende capacitar profissionais para facilitar o diagnóstico e aumentar o acompanhamento de crianças disléxicas

Marcela Bourroul

  shutterstock
Um projeto de lei para melhorar o diagnóstico de dislexia nas escolas e oferecer suporte adequado aos alunos está sendo discutido na Câmara dos Deputados. De autoria do deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB), o texto prevê a atuação de uma equipe multidisciplinar nas unidades públicas de ensino, responsáveis pelo diagnóstico e acompanhamento de crianças disléxicas. O projeto também quer garantir que os professores saibam lidar com o problema no ambiente escolar e que essas crianças tenham acesso aos recursos didáticos adequados para seu aprendizado.

Segundo Manoel Junior, o principal objetivo da proposta é impedir que a criança disléxica seja tratada como preguiçosa, além de garantir que receba o tratamento adequado e não chegue à adolescência com defasagens no conhecimento e dificuldade de aprendizado. Para o deputado, fazer o diagnóstico precoce e começar o tratamento já nos primeiros anos de ensino permite uma maior integração do disléxico com a escola, facilitando sua vida social e prevenindo consequências emocionais, como a baixa autoestima, e comportamentais mais graves.

LEIA TAMBÉM: Quando seu filho vai ler um livro sozinho

"As equipes mulltidisciplinares [compostas por educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos] poderão fazer o diagnóstico mais detalhado do aluno, já que há diferentes fatores que causam a dislexia, e um tratamento para cada um. Os professores também precisam de instruções adequadas para conhecer o distúrbio e ajudar no diagnóstico”, diz Manoel. O texto ainda passará por comissões da Câmara antes de ser enviado ao Senado.


Diagnóstico precoce
O diagnóstico da dislexia é fundamental para ajudar a criança a contornar o problema. E estudos sugerem que ele pode ser feito até antes da alfabetização. Em uma pesquisa recente publicada na revista Current Biology, cientistas italianos mostraram que problemas na capacidade de atenção visual podem ser um indício de que a criança terá dificuldades no futuro. Outro estudo, dessa vez do Children’s Hospital de Boston, EUA, em parceria com pesquisadores da Universidade de Harvard, constatou a partir de imagens de ressonância magnética que o cérebro das crianças que poderiam ter o transtorno neurológico apresentava menor atividade em certas regiões.

LEIA TAMBÉM: Bebês fazem leitura labial durante o processo de aprendizado da fala

Os cientistas acreditam que o diagnóstico precoce contribui para o desenvolvimento. “Nós acreditamos que identificar a alteração na pré-escola ou antes dela pode ajudar a reduzir os impactos sociais e psicológicos”, declarou Nora Raschle, líder da pesquisa norte-americana.


Identificando a dislexia
Fique atento a alguns sinais que seu filho pode apresentar: falar tardiamente, ter problemas em pronunciar determinados fonemas, não identificar rimas em músicas, demonstrar falta de coordenação motora, não ser capaz de resolver quebra-cabeças, desinteressar-se por livros impressos, entre outros.

Se o seu filho manifestou algum desses sintomas, não significa que ele é disléxico, mas servem como alerta para procurar ajuda de um profissional. Caso a criança seja diagnosticada como disléxica, é importante procurar uma escola que esteja preparada para receber alunos com o transtorno. “O acompanhamento de neurologistas, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos é importante. Mas o fundamental é o trabalho escolar”, diz a educadora e psicanalista Nívea Fabrício, diretora do Colégio Graphein (SP), especializado em atender crianças com necessidades especiais.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Oração do professor


Mensagem Dia do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar, Dai-me esta graça que vem do amor.

Mas, antes do ensinar, Senhor, Dai-me o dom de aprender.

Aprender a ensinar Aprender o amor de ensinar.

Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor.

De aprender sempre.

Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.

Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.

Que meus conhecimentos não produzam orgulho, Mas cresçam e se abasteçam da humildade.

Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas, Mas animem as faces de quem procura a luz.

Que a minha voz nunca assuste, Mas seja a pregação da esperança.

Que eu aprenda que quem não me entende Precisa ainda mais de mim, E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.

Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender, Para que eu possa trazer o novo, a esperança, E não ser um perpetuador das desilusões.

Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pesquisadora aponta que escolas brasileiras não ouvem o aluno

Camila Maciel - Agência Brasil 21.09.2012 - 17h17 | Atualizado em 21.09.2012 - 17h40
Pesquisadora aponta que escolas brasileiras não ouvem o aluno (Marcello Casal Jr/ABr) (Marcello Casal Jr/ABr)
São Paulo – A parceria assinada ontem (21) entre o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Federal de Psicologia para enfrentar a violência escolar tem como uma das virtudes a decisão de ouvir os alunos para a construção dessa política pública. O entendimento é da psicóloga Angela Soligo, professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que pesquisa processos de exclusão na escola.
“Há uma série de conhecimentos que a academia já produziu que não dialogam com as políticas públicas. A pesquisa vai permitir ouvir alunos do país inteiro. Quem faz a política precisa ouvir quem está na outra ponta. A gente ouve pouco o aluno”, declarou a pesquisadora, após participar na manhã de hoje (21) do painel Psicologia e a Questão da Violência nas Escolas, da 2ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até amanhã (22) no Anhembi, em São Paulo
A parceria entre ministério e o conselho prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar. No projeto, o MEC pretende abordar temas como enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying e bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).
A professora acredita que, para mudar a realidade nas escolas, é preciso construir relações que não reproduzam a lógica excludente e violenta da sociedade em geral. “O ambiente escolar hoje é mais um reprodutor do modelo social do que um instrumento de mudança. A escola tem essa obrigação de produzir outras formas de pensar o mundo, de problematizar. A escola sozinha não vai resolver nada, mas tem um papel, que é a formação do cidadão”, aponta.
Para a pesquisadora, as práticas violentas nas escolas ganharam destaque junto com o processo de inclusão. “Todo mundo está na escola e a escola não pode mais excluir aqueles alunos que a incomodam. Há 50 anos, isso era mais fácil. A escola tem que lidar hoje com o aluno que ela não deseja. É a esse estudante que a escola vai imputar as marcas da violência. E isso gera uma reação”, relata.
De outro lado, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, lembrou que a homofobia no cotidiano escolar traz graves consequências para o aprendizado. “Crianças e adolescentes que sofrem preconceito têm a sua inserção no mercado de trabalho dificultada. Além disso, as práticas homofóbicas desumanizam, promovem insegurança e o isolamento dessas pessoas”, aponta.
Edição: Davi Oliveira

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

Como proteger seus filhos na internet

Adriana Franzin - 12.09.2012 - 11h48 | Atualizado em 12.09.2012 - 12h41
(Foto: Wilson Dias/ABr)
O diálogo com as crianças é a principal ferramenta para evitar problemas relacionados à segurança na rede. É preciso conscientizar os filhos dos riscos, conversando, de forma clara, sobre como trocar informações pela internet pode ser perigoso. Eles devem saber como se comunicar nas redes sociais, que não é recomendado divulgar dados pessoais e hábitos da família, de que forma usar a câmera. Deixar o computador em um local público da casa, como a sala, é outra dica da cartilha elaborada pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Confira outras orientações da cartilha:
  • procure deixar seus filhos conscientes dos riscos envolvidos no uso das redes sociais;
  • procure respeitar os limites de idade estipulados pelos sites (eles não foram definidos à toa);
  • oriente seus filhos para não se relacionarem com estranhos e para nunca fornecerem informações pessoais, sobre eles próprios ou sobre outros membros da família;
  • oriente seus filhos a não divulgarem informações sobre hábitos familiares e nem de localização (atual ou futura);
  • oriente seus filhos para jamais marcarem encontros com pessoas estranhas;
  • oriente seus filhos sobre os riscos de uso da webcam e que eles nunca devem utilizá-la para se comunicar com estranhos;
  • procure deixar o computador usado pelos seus filhos em um local público da casa (dessa forma, mesmo a distância, é possível observar o que eles estão fazendo e verificar o comportamento deles).
A cartilha completa pode ser consultada aqui.

6 dicas para conversar com seus filhos sobre notícias ruins ou assustadoras

28.7.2012


6 dicas para conversar com seus filhos sobre notícias ruins ou assustadoras
Hoje em dia, as crianças têm acesso a muitas tecnologias, como rádio, TV, internet. Mesmo que os pais controlem o conteúdo a que as crianças são expostas, elas podem se deparar com notícias assustadoras: como mortes, acidentes, crimes. Ao mesmo tempo, às vezes coisas ruins acontecem próximas à família, como a morte de um parente. Como explicar ou conversar sobre o assunto com as crianças, para que elas não fiquem com medo ou traumatizadas?
Conversar é a melhor forma de educar os filhos
Confira algumas dicas do Dr. Paul Coleman, autor de “How to Say It to Your Child When Bad Things Happen” (em tradução livre, “Como falar com seu filho quando coisas ruins acontecem”), sobre as melhores maneiras de falar com crianças sobre imagens e eventos perturbadores:

1 – ESPERE ATÉ QUE ELAS TENHAM PELO MENOS 7 ANOS DE IDADE
Segundo o Dr. Coleman, é melhor esperar que as crianças cresçam um pouco antes de conversar sobre assuntos perturbadores. Antes disso, aborde o tema apenas se a criança perguntar. “Eles podem ver algo na TV ou ouvir sobre isso na escola, e então você tem que lidar com isso. Mas crianças muito jovens podem não ser capazes de lidar bem com notícias assustadoras”, diz.
Caso seja necessário falar com a criança nova sobre uma notícia ruim, siga as dicas abaixo.

2 – SINTA-SE CONFORTÁVEL EM “MENTIR”
O mundo pode ser um lugar verdadeiramente cruel; eu sei disso e você sabe disso. Mas crianças pequenas não sabem disso. Coleman sugere até que elas podem não ser capazes de lidar com a verdade, em um nível psicológico. “Crianças mais jovens precisam ser tranquilizadas de que isso não está acontecendo com eles e não vai acontecer com eles”, indica Dr. Coleman.
Os pais podem sentir que estão “mentindo”, já que ninguém pode ter 100% de certeza do que o futuro reserva, mas estimativas de probabilidade não são algo que as crianças pequenas podem compreender; isso não as conforta. Então, tente sempre explicar que aquilo de ruim que aconteceu não vai acontecer com elas.

3 – FAÇA PERGUNTAS PARA SABER O QUE A CRIANÇA ESTÁ PENSANDO
Dr. Coleman afirma que muitos pais podem presumir que sabem como seus filhos se sentem, mas nem sempre é assim. O ideal, antes de explicar uma notícia ruim, é compreender o que aconteceu e o que a criança está sentindo. “Elas podem ter medo, ou estarem apenas curiosas. Você tem que verificar perguntando coisas como ‘o que você ouviu?’, ‘o que você acha?’”, diz.
Se elas estão com medo, pergunte do que elas têm medo – não assuma que você sabe. Crianças às vezes usam lógica distorcida. Por exemplo, elas assistem um edifício colapsando na TV e acham que é o prédio da mamãe que caiu. Depois que souber o que elas estão pensando, tente oferecê-las uma sensação de segurança.


4 – NUNCA DIGA QUE OS SENTIMENTOS DELA SÃO “ERRADOS”
Nunca diga para a criança que ela não deve ter medo. Deixe-a saber que seus sentimentos fazem sentido, e que ela pode sentir tudo o que está sentindo. Nunca a faça se sentir mal por estar com medo, mas sim deixe-a saber que ela não precisa ter medo.

5 – APROVEITE A SITUAÇÃO COMO UM MOMENTO DE ENSINO
Falar sobre coisas ruins pode levar a discussões sobre como ajudar os outros, além de dar aos pais uma oportunidade para ser um modelo de compaixão. Por exemplo, se uma tragédia aconteceu próxima a sua localidade e muitas pessoas perderam seus pertences, ensine a criança a ajudar, doando roupas ou alimentos.

6 – O QUE FAZER SE A TRAGÉDIA AFETAR SEUS FILHOS
Às vezes, a notícia ruim chega ou acontece dentro de casa, e não há maneira de proteger seus filhos. Se você está lidando, por exemplo, com a morte de um amigo ou membro da família, seja honesto sobre o assunto, mas ofereça alguma separação entre o que aconteceu e o que eles temem que pode acontecer. Explique que é normal que eles se sintam tristes por perderem alguém. Mas deixe claro que isso não vai acontecer a você, por exemplo. Não tenha medo de usar frases como “a vovó estava muito velha e muito doente, mas eu não estou”, explica o Dr. Coleman. Dar conforto e segurança à criança é o mais importante nessas situações.

Fala elado… fique de orelha em pé!

Postado por Falantes em 27 de maio de 2010

Você já ouviu alguém falando errado? Trocando um som pelo outro? Trocando letras, sílabas, articulando mal ou falando igual ao Cebolinha? Acho que sim, não é?!  Todos nós já ouvimos uma pessoa próxima ou mesmo um desconhecido que não fala corretamente, não articula ou combina bem os sons, o que torna sua fala difícil ou impossível de entender. Em alguns casos o resultado soa até engraçado. Quando crianças, aprendemos a articular os sons e combiná-los de forma contrastiva para que possamos produzir as palavras com significado correto. Também é necessário aprender a interligar os traços de voz, ponto, modo articulatório e seguir as regras da língua para organizar as palavras e frases Durante esse processo, as crianças usam de estratégias de simplificação da fala adulta para, gradativamente, ir vencendo as dificuldades impostas pelo aprendizado de uma língua. Por exemplo, algumas crianças simplificam a palavra blusa dizendo ‘busa’, ou ‘alala’ para arara, ‘tassou’ para cachorro. Stampe (1973) chamou essas estratégias de “processos fonológicos”. São processos naturais e inatos e estão presentes durante o desenvolvimento normal da fala. Quando esses processos persistem na fala, além da idade esperada, eles passam a ser sintomas de desvios ou distúrbios fonológicos.
Crianças ou adultos que falam errado devem procurar um fonoaudiólogo e fazer uma avaliação. Esses problemas podem e devem ser tratados. Falar errado pode causar constrangimento e dificuldades na comunicação. Procure um fonoaudiólogo! Quem não se comunica…….pode ser ajudado por especialistas!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O mendigo orgânico
Prof. Chafic Jbeili


Na antiguidade, os reis costumavam convidar pessoas para servi-los e exigiam morassem nos palácios. Esses moradores do palácio tinham de um tudo enquanto serviam ao rei, mas depois que, por alguma razão, deixavam o serviço real precisavam contar com a caridade alheia para arrumar outro emprego ou mesmo para sobreviverem.

Assim, alguns embora desempregados e mesmo estando aptos ao trabalho preferiam se juntar aos “mendas”, ou seja, aos legítimos portadores de alguma invalidez para o trabalho e sorrateiramente praticavam a mendicância, aflorando o mendigo inato ou orgânico.

Desde então, quando se ouve a palavra “mendigo” imagina-se pessoa pobre, maltrapilha, moradora de rua, sem estudo, que fica com a mão estendida ou bate na janela de seu carro para pedir-lhe uma moeda ou qualquer outra coisa. Este é o mendigo habitual, tal qual aprendemos. Eles são sinceros, pois se apresentam tais como estão e merecem atenção.

No entanto, há aquele outro tipo de mendigo: o orgânico. Diferente do tradicional que é vítima de uma situação adversa e desfavorável, o segundo tipo é aparentemente rico, se veste bem, mora bem, tem cultura, porém, está sempre com as mãos (ou a língua) estendidas pedindo esmola, não por necessidade, mas por deficiência de dignidade e por serem moralmente inválidos. Pedem por desafeto próprio, não por eventual miséria.

Pode-se perceber a retidão de caráter no mendigo original ou no circunstancial pelo notório constrangimento enquanto pedem o pouco que precisam. Já no mendigo orgânico nota-se evidentemente a ausência de qualquer acanhamento em seu eloqüente e mendicante discurso. Ele não quer desconto, ele quer de graça para viver boa vida sem digno esforço.

Ao contrário do consumidor consciente que embora saiba negociar uma boa e legítima redução no preço para pagar pelas coisas das quais de fato precisa adquirir, o mendigo orgânico é sovina e inconveniente. O primeiro “chora”, mas faz questão de pagar. O segundo “chora”, mas para receber de graça.

Pedir desconto é ato de civilidade e um direito do consumidor; pedir ajuda quando se está em situação de vulnerabilidade e autêntica necessidade são anseios legítimos e naturais, sinais de retidão e honestidade, não colocando em xeque a integridade moral de ninguém.

Contudo, pedir de graça coisas das quais se pode pagar por elas é forte indício de má índole, autoestima ruim e invalidez moral passível de psicoterapia para reestruturação de caráter.

Como é bom e prazeroso poder pagar - com dinheiro lícito - preço justo e adequado pelas coisas das quais se precisa e possa adquirir. Isso faz bem para a autoestima, para moral e para a alma. Fazer isso é saudável exercício que fortifica a integridade e dignidade pessoal.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MEMORIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO


Técnicas de memorização ajudam no estudo 
      
Confira algumas dicas:
Você já pensou em por que nós nunca esquecemos coisas que aprendemos quando criança? O ser humano aprende, preferencialmente, pela repetição. A criança repete o que os pais falam, o que os pais fazem, as músicas e os gestos.
Mas na hora do estudo, a repetição para decorar o material didático não é a melhor fórmula. “Decoreba funciona? Sim! Muitos alunos passam de ano decorando. É a melhor estratégia? Não! Perde-se tempo e confiança no processo”, considera Renato Alves, preparador mnemônico e autor do livro “Não Pergunte se Ele Estudou – Como Desenvolver nos Filhos o Interesse e a Motivação nos Estudos”.
“É possível acelerar em até dez vezes o aprendizado utilizando ferramentas simples de memorização e pequenas mudanças de hábitos na rotina do aprendizado”, completa.
1ª Dica: Deixar de estudar uma matéria porque você não gosta dela – Nem todo mundo gosta de matemática. Mas você conhece alguém que tenha passado em um vestibular, por exemplo, sem saber o mínimo da matéria? O importante é intercalar: se você detesta matemática e adora história, pode começar com a primeira e, depois, se concentrar na disciplina mais “prazerosa”.
2ª Dica: Deixar dúvidas para trás – Não tirar dúvidas pode trazer sérios problemas. E se o que cair na prova for justamente o que você ficou com dúvida? É importante que o estudante frequente plantões ou arranje outros métodos para tentar entender o assunto. Durante os estudos, é prudente que ele anote os pontos obscuros da matéria para evitar que os esqueça.
3ª Dica:  Comer algo (muito) diferente na véspera de uma prova – Imagine a situação: um estudante tem, por hábito, comer uma feijoada de café da manhã, todos os dias. No dia do vestibular, ele decide comer algo “leve” e encara uma salada. O resultado é que, se ele não tiver sorte, pode até desmaiar de fome durante a prova. Claro que, em um dia de provas, o estudante deve preferir alimentos que deem energia (macarrão pode ser uma saída, por exemplo). No entanto, não dá para ingerir algo muito diferente do que se está habituado -o efeito pode ser pior. Peixes magros, linhaça, frutas amarelas e cítricas, muita água e chocolate amargo são alimentos que ajudam a manter a concentração.
4ª Dica: Não parar para descansar – Não estude mais do que quatro horas por dia, além do período que você está na escola. Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp (Universidade Estadual Paulista), recomenda uma soneca, caso o estudante esteja em casa depois de voltar da escola. “Descanse no mínimo 20 minutos. Uma cochilada. Eu fazia isso com meus filhos. Antes das 15h, não comece”, diz.
5ª Dica: Fazer anotações pouco eficientes – Quem nunca fez uma anotação e, dias depois, não conseguiu entender uma letra do que estava lá? Por isso, é importante ser preciso e criar estratégias de anotação, para que se tenha (pelo menos) ideia do que está na frente. Veja algumas dicas de como fazer boas anotações.
6ª Dica: Deixar de criar um hábito de estudos – Segundo a professora Maria Beatriz, criar um “padrão” de estudos ajuda bastante. Por exemplo: reúna tudo o que você precisa no seu local de estudos -como caneta, cadernos, livros etc. De acordo com ela, isso, claro, pressupõe uma organização anterior, para saber exatamente o que é necessário. “O aluno fala: ‘Ah, esqueci minha caneta’. Mas, daí, vai na geladeira pegar um suco…”.
7ª Dica: Estudar em grupo e levar tablet, celular, notebook… – Se os estudantes não tiverem um foco muito específico, esses objetos podem tirar a concentração e atrapalhar toda a organização de estudos. A professora Maria Beatriz ainda dá um aviso a pais e mães: não fiquem ligando para o filho para perguntar se ele está estudando. Isso só vai provocar o efeito contrário.
8ª Dica: Usar a internet para estudar e deixar Facebook, Orkut e MSN abertos – A professora Maria Beatriz dá um exemplo. “Tem alunos que dizem assim: ‘eu fico bem, deixo o computador ligado, estudo numa boa’. Daí fica dando sinal [de chat] no Facebook”, diz. Não serve a desculpa de “vou deixar o chat ligado para tirar uma dúvida com um amigo”: você pode tirá-la, depois, pessoalmente ou em um plantão de dúvidas.
9ª Dica: Usar estimulantes – Tomar café, energético ou alguma bebida à base de cafeína na hora do estudo só adia o cansaço: ele volta, depois, muito mais forte. O ideal é parar de estudar e descansar um pouco.
10ª Dica: Usar provas muito antigas para estudar para o vestibular – O ideal é pegar as provas aplicadas nos três últimos anos e verificar, também, se não houve mudanças no formato do vestibular. Questões de exatas, como as de matemática e física, por terem mais itens “clássicos”, estão menos sujeitas a mudanças. No entanto, questões de história e geografia cobram mais itens da atualidade, o que deixa provas mais antigas desatualizadas.
*-*-*
Para a coordenadora do serviço de orientação do campus de Araraquara da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, é importante que o estudante crie um hábito, uma rotina. E como criar esse hábito?
“Para criar hábitos de estudos e concentração, o estudante tem que tirar todas as outras preocupações. Naquele momento, ele tem que ficar mais ligado na questão de estudar”, diz.
Segundo a professora, há algumas dicas que ajudam. Ao chegar em casa depois da escola (ou do cursinho), por exemplo, descanse. “Nunca emende uma atividade na outra. Tire uma soneca de 20 minutos, faça um relaxamento. Busque nunca fazer atividade que exija ficar ligado em outras coisas”.
Além disso, é importante ser organizado. “Para criar hábitos de estudo, é preciso que se tenha todas as coisas. Isso pressupõe uma organização anterior. Deixe todas as coisas que serão necessárias por perto. O aluno fala: ‘Ah, esqueci minha caneta’. Mas, daí, vai na geladeira pegar um suco”, diz.
Tire as dúvidas depois
Maria Beatriz lembra um “truque” muito usado por estudantes para ficar, por exemplo, com o celular na mão enquanto estudam: consultar um amigo no caso de “dúvida”. “Deixa para depois. Faz um caderninho de anotação. Isso não tira concentração, dá mais tranquilidade e permite que eles se organizem no sentido de buscar esclarecer os pontos que estão difíceis”, afirma. Depois de “catalogar” as dúvidas no caderno, leve-as a professores ou a plantões.
Pais e mães podem ajudar nesse aspecto -evitando ligar justamente para perguntar se o filho está estudando. “A pessoa nunca deve deixar naquele espaço que ninguém interfira. Só em casos de urgência. Ninguém cria hábitos se houver alguém fiscalizando.”
O erro mais comum “O estudante quer absorver todo o conteúdo numa leitura só. A leitura de um texto implica em uma segunda leitura. Essa releitura é que faz o aluno fixar o aprendizado. O erro mais comum é a falta de paciência”, aponta Alves
O tempo para o estudante esquecer aquela informação é, em média, de três segundos, por isso um aluno que estudou o conteúdo superficialmente esquece rápido aquilo que leu.
Usar estratégias mnemônicas na hora do estudo estimula o aprendizado e faz com que o indivíduo guarde aquele conteúdo na memória por mais tempo, seja por três semanas ou para o resto da vida.
Elyzabeth Caetano, 34, gestora de recursos humanos, diz que os métodos de memorização ajudaram na hora de realizar a segunda graduação na universidade.
“Entrei com duas semanas de atraso na faculdade e, naquela semana, haveria uma prova de direito previdenciário. Eu não dominava o assunto e tinha uma apostila de 80 páginas para estudar. Aprendi a técnica de resumo e fichamento e isso me ajudou a realizar uma leitura mais rápida e objetiva e reter o conteúdo em um curto período”, conta.
Fonte: Uol Educação


Quem somos
Ações para integrar os alunos transferidos no segundo semestre  

Chegar a uma escola nova nunca é fácil para um estudante. A situação fica ainda um pouco mais complicada quando essa mudança é feita no meio do ano letivo. É preciso tomar uma série de providências para que esse aluno seja bem recebido, se sinta bem na escola nova e ainda tenha sua aprendizagem garantida, mesmo que ele tenha chegado à nova instituição com algumas defasagens.
Em meio a essa série de mudanças, o estudante e a família dele precisam de uma atenção especial da equipe escolar. A transição do aluno tem de ser feita com atenção para evitar que ele se sinta desmotivado e perca a curiosidade pela escola. Nesta e nas próximas páginas, listamos sete atitudes que devem ser tomadas pela equipe gestora para tornar esse processo mais eficiente:
1. Chame os pais para uma conversa informal
Na conversa com os pais, o coordenador pedagógico tem que ter o máximo de cuidado ao investigar os motivos pelos quais esse aluno está mudando de escola, principalmente se a causa não for mudança de endereço. Neste primeiro contato, é muito importante deixar a família livre para enumerar seus motivos e, eventualmente, omitir algumas informações. “É preciso primeiro estabelecer uma relação de confiança”, afirma Arlete Persoli, gestora do Centro de Convivência Social e Cultural de Heliópolis, em São Paulo. “Com o passar do tempo, professores e coordenadores pedagógicos descobrem algumas coisas”, diz. Nem sempre a família se sente à vontade para expor os problemas numa primeira conversa – não deixe a entrevista com um caráter investigativo, nem apareça com questionários ou formulários para os pais responderem. Um bate papo informal neste momento pode valer muito mais a pena.
Os pais precisam estar à vontade para contar os problemas e sentir que podem contar com a escola para resolvê-los.
2. Apresente a escola ao novato
A apresentação da escola aos novos alunos pode ser feita pela coordenação pedagógica ou pelos próprios colegas. Na EMEF Desembargador Amorim Lima, em São Paulo, quando um novo estudante chega no meio do ano, são os próprios alunos quem apresentam os espaços da escola. “Acreditamos que o aluno se sente mais à vontade quando é recepcionado por alguém que é seu par, e não por um gestor da escola”, diz Ana Elisa Siqueira, diretora da escola.
Seja qual for o modo de apresentação, é essencial que no dia em que essa criança começar, ela seja apresentada aos professores que vão dar aulas para ela e aos colegas que estudarão na sala dela. “Na hora da apresentação, reforce aos colegas da criança que eles vão precisar ajudar o amigo na hora do intervalo, apresentar os espaços da escola, mostrar onde é servida a merenda, onde fica o jardim, a quadra”, afirma Maria Inês Miqueleto, coordenadora pedagógica da EE Profª Maria Aparecida dos Santos Oliveira, em Ibitinga, São Paulo.
3. Apresente a escola e suas normas aos pais do aluno
Explicar o projeto político pedagógico da escola aos pais, bem como apresentar quais serão os conteúdos que o aluno terá até o final daquele ano letivo são atitudes essenciais para que a família saiba por que a criança vai ter ou não determinado conteúdo e de que forma ele será dado. Nesse momento, também é oportuno falar sobre o uso de uniformes e dar orientações sobre como essa criança pode cuidar do próprio material. Ao conhecer as regras da escola, os pais podem ajudar seus filhos a se adaptar mais rapidamente. Apresente também as conquistas já realizadas pela escola no decorrer dos anos, mas não se esqueça de expor as dificuldades e as providências que estão sendo tomadas para superá-las. “Manter o diálogo com os pais e gerar um sentimento de corresponsabilização da família pela participação e pelo desempenho dos filhos é bem importante neste momento”, afirma Arlete.
4. Converse com a criança
A criança precisa se sentir acolhida não só na sala de aula, mas na escola como um todo. Para isso, converse com ela no dia em que chegar à escola – procure saber de qual disciplina ela mais gosta e por que, peça para ela mostrar o material para você. Assim, ela mesma já conta o que aprendeu, quando etc.
Essa aproximação é importante porque, dependendo do contexto pelo qual esse aluno mudou de escola, ele já pode chegar achando que não vai ser bem recebido ou que está sendo observado de forma diferente. Aproveite este momento para informar ao estudante algumas regras básicas da escola – horários, abertura dos portões de entrada e saída, uso do uniforme e cuidado com os materiais.
5. Investigue o que esse aluno já sabe
Busque e analise o currículo da escola de onde esse aluno veio e conheça minimamente quais foram os trabalhos desenvolvidos pela criança. Se possível, peça aos pais que tragam o material didático que o filho usava na escola anterior – livros, cadernos, avaliações e o que mais tiverem à disposição. “Isso vai ajudar a definir qual será o melhor grupo de trabalho em que ele pode ser encaixado”, afirma Ana Elisa.
Nem sempre aplicar atividades de diagnóstico por escrito para esse aluno é o melhor caminho. Chegar à escola e começar a fazer um monte de avaliações pode desestimular o aluno. Analisar o desempenho dele nas atividades desenvolvidas em sala de aula, por meio do retorno dos professores, e ajudar a desenvolver estratégias para que esse estudante avance e alcance seus colegas podem ser estratégias mais interessantes.
Quando esse aluno chega com muita defasagem, às vezes é necessário encaminhá-lo para aulas de reforço. “O coordenador precisa que os pais se comprometam a levar os filhos, isso porque essas aulas acontecem no contraturno”, explica Maria Inês. “Essa recomendação é ainda mais importante quando as crianças são muito novas e não conseguem ir sozinhas para a escola”, diz.
6. Cuide dos procedimentos burocráticos
No ato da matrícula, a família já deve trazer o histórico escolar do aluno. Porém, a ausência do documento não pode impedir que a matrícula seja feita. A equipe gestora deve dar um prazo a esses pais, que não pode ultrapassar 60 dias, para receber a papelada – histórico, atestado de vacina, RG e CPF dos pais ou responsáveis e a ficha de matrícula preenchida. A transferência oficial deste aluno (mudança do registro dele no sistema) é feita por meio das Secretarias envolvidas.
7. Dedique um tempo da reunião de formação para falar exclusivamente desses alunos
O desempenho do aluno em sala e as respostas que ele dá a partir das intervenções feitas pelos professores precisam ser observados com atenção especial pelos docentes. Enquanto esse aluno estiver em fase adaptação, ele deve ser um dos assuntos previstos na pauta das reuniões da coordenação com os professores. Só conhecendo exatamente suas potencialidades e suas fraquezas é que a equipe escolar poderá ajudar esse aluno a se integrar à rotina da escola.

Fonte: Revista Abril

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

INTERNET LETRADA

Internet letrada

Quando a internet pousou nas telas dos computadores pessoais, proliferaram os profetas a afirmar a morte do texto. Este seria esmagado pelo pelotão de imagens e sons. Se uma imagem já valia mil palavras, na rede mundial passaria a valer um milhão delas.
Sons e imagens ganharam uma maravilhosa plataforma. Nasceu o Youtube dando canal a uma animada galera de videoastas e músicos. Mas o texto seguiu vivo e procriando, pois nunca a humanidade leu e escreveu tanto.
E-mail, chat, msn, wiki, twitter, facebook, espaços para comentários em sites e portais suplicam para que nossos dedinhos pressionem letrinhas no teclado. Expressar gosto, opinião, emoção, razão, amor e ódio - por meio de palavras - tornou-se tão natural quanto matar sede com água.

Empresas contratam caçadores digitais com o intuito de monitorar o que andam escrevendo sobre os seus produtos. Também por escrito, os web usuários trocam recomendações e críticas acerca de serviços. É a lança com flecha de verbo.
Pessoas escrevem blogs que vão da circunferência do próprio umbigo ao resgate do planeta, passando por todas as coisas e seres vivos ou mortos sobre a face da terra. Nem Gutenberg (1398-1468) - inventor da prensa móvel - daria conta desse derrame de letras.

É evidente que a qualidade do escrito varia na mesma proporção do aumento da quantidade. Há os que dizem que a escrita na internet é ruim. Reclamam do abuso de abreviaturas, dos erros de ortografia, das semânticas disléxicas, das sintaxes tortuosas.
Deve ser verdade. Mas essa verdade não modifica o fato de que jamais se escreveu tanto. Filhas e filhos de pais que só escreviam bilhetes, ou folhinhas de cheque, hoje não se furtam a comentar o mundo pela rede digital.
Mas vamos ao ponto: como se tornar minimamente visível num universo com excesso de escribas? Como garantir que seu comentário, mensagem, poema, declaração sejam lidos? Não há receita.
Sem manual, vale o bom senso. Quanto melhor você escrever, maior a chance de cativar leitores. Então cuida aí do português, relendo antes de postar. Cuida das frases para que elas tenham ritmo, coesão e coerência.
E persiga - com obstinação, técnica, coração - as três medalhas de ouro da comunicação escrita. São elas: clareza, clareza e clareza.
* Foto: "Instalação Sophie Calle", Régine Ferrandis, de Avignon.

terça-feira, 31 de julho de 2012

RACISMO!

Racismo se aprende em casa

Quais são os valores que você está passando para os seus filhos? (Foto: Thinkstock)
Oi, leitores! Há uma semana, mais ou menos, noticiei no Primeiro Jornal a denúncia de que uma avó não queria que o neto de 4 anos dançasse com uma coleguinha negra na escola. O caso teria acontecido em Contagem (MG) e, segundo a professora Denise Cristina Aragão (que pediu demissão depois do acontecido por achar que a escola foi negligente), a avó, uma senhora de 54 anos, teria xingado a menina negra de "preta horrorosa e feia" e ameaçado tirar o neto da quadrilha por causa da parceira de dança dele.
O caso continua sendo investigado, já que o delegado Juarez Gomes acredita não ter indícios suficientes para enquadrar a avó pelo ocorrido, pois a menina não foi impedida de dançar. Aliás, o preconceito é um crime inafiançável, ou seja, não pode ser "anulado" com o pagamento de fiança.
A lei diz que o racismo é caracterizado pela Lei Federal nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 que, em linhas gerais, diz que fica configurado o crime quando há impedimento ou negação de acesso, emprego, matrícula, hospedagem, entre outros, por conta de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito por conta dos mesmo fatores, da forma geral, também é considerado racismo. Segundo advogados, nesse caso a pena pode chegar a nove anos de prisão de acordo com as combinações de artigos. A injúria é tipificada pelo artigo 140 do Código Penal e a pena varia de um a seis meses de detenção ou multa em caso de ofensa da dignidade ou do decoro de uma pessoa. Também há o agravante da violência, que eleva a pena para a variação entre três meses e um ano de detenção, além da multa e punição pela violência. O último agravante diz respeito à injúria com elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Nesse caso, a pena varia de um a três anos de reclusão, além da multa.
Não sou juíza, delegada, não tenho aqui o objetivo de discutir leis. Mas esse é um espaço que usamos para discutir temas relacionados a maternidade, certo? Pois bem, o preconceito é um tema importante. Ninguém sai da maternidade com preconceito. Nenhum bebê branco implica com bebê negro, ou japonês, ou azul, ou verde no berçário. Isso é passado dos pais (avós, tios, que seja)  para os filhos. Pena que enquanto muitos pais tentam passar bons exemplos, outros transmitam esse tipo de absurdo.
O que fica dessa história toda para mim, e que resume o que eu penso, é a declaração que eu vi da mãe da menininha no fim da reportagem que exibimos no Primeiro Jornal. A atendente de telemarketing Fátima Adriana Viana da Silva de Souza, de 41 anos, disse apenas que sentia muito por esse menino, que pode crescer acreditando que é melhor que os outros. É, Fátima! Se Deus quiser, sua filha vai esquecer esse episódio e vai crescer  com valores e respeito ao próximo. Quanto ao menino, não podemos garantir isso, tudo vai depender da educação que ele recebe.
Beijos
Pati

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Loucura!

Arregace o cérebro

Houve uma época em que o estudo precedia o trabalho. Caderno, lápis, borracha antecediam a máquina de escrever, a caixa registradora, o talão de nota fiscal. Vivíamos em um mundo ordenado, indo da causa ao efeito na linha do tempo. Primeiro, você era aluno. Depois, profissional.

Essa lógica escafedeu-se pelo buraco da camada de ozônio. Foi para o espaço! Hoje somos aprendizes e professores em uma só pessoa. Não importa se você tem dois meses ou trinta e sete anos de experiência. Mesmo com níveis e necessidades diferentes, o mais jovem e o mais velho precisam seguir estudando.

Apreender não só novos conhecimentos, competências, habilidades. O prato do dia é aprender a se mover em um mundo que - numa velocidade expressionante - muda, surpreende, machuca, deleita, deleta, incorpora.

É como se todos estivéssemos vendo tudo pela primeira vez. Sensação agudizada pelas TICs - tecnologias da informação e comunicação. Faz pouco tempo ninguém, de 3 a 90 anos, imaginava o que era um tablet. Agora não só sabemos, descobrimos como usá-lo.

Nosso papo está indo para aonde? Para a certeza de que ninguém está pronto a dispensar conhecimentos. Caderno, borracha, lápis podem ter ficado nas gavetas do passado, mas a aprendizagem ganhou uma urgência urgentíssima. O aprender o tempo todo é o canto do galo das novas manhãs.

Tanto faz o jeito. Você pode aprender degustando livros e jornais em uma biblioteca. Aprender no quarto da sua casa suburbana acessando a imensa rede digital. Aprender conversando com desconhecidos na rua. No trajeto da barca Rio-Niterói. Na linha amarela do metrô de Sampa. Nos currais dos bois Garantido e Caprichoso em Parintins.

Você terá que fazer. Pouco importa quais ferramentas usará para fomentar as atualizações. Elas o farão seguir vivo na sua profissão, no seu negócio, na sua Ong, no seu ócio. É tudo muito rápido. O que sabemos hoje teremos que saber melhor amanhã.

Quando a necessidade de aprender conhecimentos, competências, habilidades, lógicas acaba? Não acaba. Quer dizer, ela termina quando a gente termina. Aliás, terminar-se ou findar-se é única coisa no mundo para qual não carece pressa.

* iPhonografia: Régine Ferrandis, de Paris

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Psicanálise - A função da Família na Educação.


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A Função da Família na Educação
 
É imprescindível que as crianças para se tornarem cidadãos instruídos, precisam de uma boa formação escolar. Isso é possível quando se encontram com professores desejosos de transmitir o que sabem para, assim, desenvolver no aluno um desejo de saber, o que é lido como curiosidade e investigação para aprender.
A escola representa um lugar de emancipação da criança a respeito de seu grupo familiar, onde a criança vai poder estar e falar com outros além de seus pais. Sendo um campo onde ela estabelece outros laços que lhe possibilitam receber recursos que poderá utilizar no futuro: com outros semelhantes, na escolha de profissão, etc.
Dito isso, fica claro que a escola propicia a socialização da criança, mas, é a família e sua função um dos maiores responsáveis pela educação e desenvolvimento dos filhos. Até para que a Educação pedagógica possa ser efetivada, para que ela tenha eficácia, depende da estrutura familiar do aluno.
Quando a família valoriza os estudos - a aprendizagem - estimula no filho o mesmo. O interesse dos pais no que seus filhos produziram, aprenderam, faz com que eles (filhos) sintam-se valorizados em relação ao que fizeram.
O gosto pela leitura, a curiosidade em saber, em descobrir são homólogas a outras curiosidades e não estão desvinculadas da curiosidade sexual. Mas em muitas famílias o sexual é um assunto proibido e, dependendo do grau de dificuldade em falar sobre esse assunto, isso aparecerá na dificuldade da criança em ter outras curiosidades, incluindo a de saber em sala de aula.
As garatujas, os rabiscos, os desenhos e as letras são produções que primeiramente são endereçadas ao Outro – entenda-se, por Outro, a mãe e o pai ou aquele que tem a função de cuidar e ensinar à criança. E vai depender de como vai ser o acolhimento disso, o que a criança fará depois.  Se vão continuar produzindo ou se sofrerão inibições, impossibilidades de continuar descobrindo, evoluindo e fazer associações com a família das letras.
Sabemos que quando algo não vai bem na esfera familiar, os sintomas aparecem na escola, tais como: as dificuldades de leitura, de aprendizagem; dificuldades em disciplina, o que chamamos limites, na participação em grupos, etc.
A aquisição da leitura, portanto, é um processo que depende da passagem por outras fases: primeiro tem lugar os rabiscos, os traços no papel onde somente a criança pode dizer o que desenhou. Pois o traço no papel representa a estrutura psíquica dela e é homóloga a uma assinatura. Por esse motivo o desenho de uma criança não se confunde com o de outra. Depois, temos as formas até chegar às letras, as sílabas e por fim as frases e seu encadeamento.
E o desenvolvimento desse processo dependerá da estrutura familiar. Dependência, que está vinculada aos limites, à possibilidade de que estejam operando em casa, para que isso seja possível.
Um lar desestruturado, sem limites, sem condições básicas, atrapalha o desenvolvimento escolar da criança. Uma dificuldade escolar - seja ela qual for - geralmente está camuflando outras dificuldades, o que chamamos de sintomas emocionais. Por que tem um conflito emocional, a criança apresenta em seu corpo e comportamento aquilo que não está podendo ser dito em palavras.
Encontro em minha experiência de psicanalista, crianças com sérias dificuldades escolares e, nas entrevistas com os pais, descubro que existem outros problemas. Dificuldades no casal parental, em relação ao nascimento de um filho, dificuldades no trabalho, algumas vezes uma doença na família, uma mudança, etc. Portanto, á maioria das dificuldades que as crianças apresentam são provenientes de sintomas dos pais. Acontecimentos que os pais ou um deles não está conseguindo resolver e isso é transmitido aos filhos.
“O pensamento não é autônomo, é por sua articulação com o desejo, que o sujeito se reconhece autor de seu pensamento”.

A criança quando não tem dificuldades de ler ou escrever, de fazer uso das letras, de mostrar o que sabe, geralmente é porque está convivendo em uma boa harmonia familiar, quando não tem obstáculos em suas relações familiares.
Mas também, é fundamental que os ensinantes, os educadores, tenham uma boa formação, conhecimentos e desejo para transmití-los aos seus alunos. Um professor com pouco desejo terá pouca ou nenhuma possibilidade de transmissão, pois ele não “contagiará” seu aluno, se ele não tiver causado.
Em contrapartida, encontramos exemplos de alunos que têm bons professores, escolas e condição ambientais favoráveis (materialmente), mas não se desenvolvem como esperado, pois a causa reside em conflitos familiares. Podemos encontrar pais que não se interessam por seus filhos (porque acreditam que eles vão para a escola para brincar); brigas na família; doença em algum familiar; pouca expectativa no filho, crianças muito mimadas. Enfim, a relação pode ser extensa.
Podemos encontrar um exemplo bem comum que é, quando os pais passam por um processo de separação, os filhos apresentam dificuldades escolares. E dependendo de como os pais vão fazer, como falarão com seus filhos, estes poderão deslocar ou extinguir os sintomas. Sendo muito importante que eles falem com seus filhos, que expliquem o que lhes aconteceram para tomarerm tal decisão.
O que mais encontramos são famílias que não querem falar sobre o assunto, calam-se e o não saber sobre sua história, desloca-se para o não-saber em sala de aula.
Atendi uma garota de 4 anos que não conseguia aprender na escola e quando fui atender aos pais e fazer as entrevistas, descobri que ela ainda era tratada e cuidada como um bebê; usava fraldas, tomava mamadeiras, chupava chupeta e não conversavam com ela, “pois achavam que ela não entendia”. A consequência disso foi o fracasso que a garota tinha na escola “pois os bebês não podem fazer coisas relativas à criança de 4 anos”. À medida que esses pais foram tratando sua filha como uma garota capaz, ela foi se desenvolvendo na escola.
Para concluir, quando algo não vai bem em sua casa, quando a estrutura familiar não possibilita harmonia, ou quando os pais não se interessam pelo que seu filho faz, o reflexo disso aparecerá na atividade escolar. Poderá até - em alguns casos - aprender as letras, aprender a escrever, mas não conseguirá estabelecer laços nem com o professor, nem com os semelhantes. Poderá com muito custo e dispêndio atravessar sua fase escolar.
Como disse acima, na escrita a criança se mostra, é sua imagem que ela representa no (rabisco) garatuja, traços, formas e letras, porém, se tem algo que não vai bem em seu psíquico, se ela tiver algum sofrimento emocional, muito provavelmente terá dificuldades na escola.
Geralmente a problemática familiar já existe, mas a entrada da criança na escola vai revelar o mal estar subjacente, pois é o momento em que ela vai se mostrar para os outros, que vai ter que organizar-se para poder aprender ás letras, dirigir sua pesquisa para outro saber, não somente o saber sobre o sexual, nascimento dos bebês, teorias sexuais infantis, mas, o saber dirigido ao intelecto.
E como esse comportamento - dificuldade escolar - aparece no meio social, os pais sentem-se pressionados para procurar uma ajuda. Existindo, porém, uma grande dificuldade em pedi-la, como se isso atestasse que eles falharam. O que eu fiz? Será que não é um problema de adaptação? Perguntam.
A escola muitas vezes fica em um impasse, pois sabem que algo não está bem com a criança, mas, sabe da dificuldade de alguns pais em aceitar que a criança ou eles precisam de uma ajuda. Porém, é imprescindível que fiquem atentos para os sintomas escolares que seus alunos apresentam, que os questionem, investigue sobre a história familiar, que não coloquem uma mão simbólica em cima, que faça seu aluno falar, para que eles possam colocar em palavras o que ele está mostrando em ato.

Andreneide Dantas

terça-feira, 3 de julho de 2012

Depressão dos pais pode influenciar problemas emocionais na criança


Um quarto dos filhos com pais depressivos sofrem com distúrbios comportamentais

Por Minha Vida - publicado em 09/11/2011

Crianças com pais que possuem sintomas de depressão ou outra condição mental têm um risco maior de desenvolver problemas comportamentais ou emocionais, diz estudo da New York School of Medicine (EUA) e publicado no periódico Pediatrics.

A pesquisa analisou 21.993 crianças que moram com seus pais. Eles perceberam que, se a mãe tem sintomas depressivos, o risco de a criança ter problemas emocionais ou comportamentais é maior do que se o pai é afetado por esses mesmos sintomas.

Os pesquisadores descobriram que a taxa desses problemas nas crianças são:

- 25% se ambos os pais têm sintomas de depressão;
- 19% se apenas a mãe é afetada;
- 11% se apenas o pai é afetado;
- 6% se nenhum dos pais é afetado.

Para os estudiosos, pesquisas futuras são necessárias para identificar problemas mentais nos pais. 
Dicas para você sair da depressão

Todos os dias podem parecer uma batalha quando você está deprimido. O tratamento médico e as terapias são os passos mais importantes a serem dados para a plena recuperação. Porém, existem coisas que você pode fazer que ajudam a se sentir melhor. Veja as dicas que a psicoterapeuta cognitivo comportamental Evelyn Vinocur dá para você se afastar de vez da depressão:

1) Reconheça os sinais precoces
É importante reconhecer e tratar a depressão o mais precoce quanto possível, o que diminuirá os riscos de você deprimir novamente. Se você fingir que o problema não está ocorrendo, provavelmente você se sentirá pior. Você precisa observar os tipos de eventos que contribuíram para a depressão no passado e ficar alerta aos sintomas precoces.

2) Estabeleça objetivos possíveis
Você pode se sentir esgotado pelas mínimas que fizer em casa ou no trabalho. Não seja durona com você. Lembre-se que a depressão é uma doença e que você não deve extrapolar além das suas possibilidades. Mantenha o foco em metas objetivas, pequenas, realísticas e alcançáveis e assim você vai facilitar a sua volta as rotinas em casa, com a família e no trabalho.

3) Faça o que gostar
Tire um tempo para fazer coisas que goste. Reúna-se com amigos. Caminhe. Vá ao cinema. Jogue um jogo que você já não joga há anos.

4) Não tome decisões importantes
Uma vez que a depressão pode distorcer a sua interpretação das coisas, é mais prudente não tomar nenhuma decisão importante nesse momento, como pedir demissão do emprego, ou se mudar, etc., até você melhorar da depressão.

5) Não beba
Apesar de você achar que o álcool pode fazê-lo se sentir melhor, o álcool pode piorar muito a sua depressão. Pessoas deprimidas estão em alto risco de se envolver em abuso de álcool ou de outras substâncias psicoativas e o álcool interage com os antidepressivos.

6) Faça exercícios
Existem cada vez mais evidências que o exercício ajuda na depressão leve ou moderada. Encontre uma atividade que você goste, comece devagar e repita três vezes na semana, por 20 a 30 minutos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Insucesso Escolar: Intervenção atempada é a solução

Defende especialista em psicopedagogia

Insucesso Escolar: Intervenção atempada é a solução

Uma intervenção precoce e uma supervisão do trabalho realizado pelos diferentes intervenientes no apoio a alunos com dificuldades escolares fariam reduzir o insucesso escolar destas crianças, defendeu esta quinta-feira Amélia Martins, especialista em Psicopedagogia.

16/02/2012

Em declarações à Lusa, a propósito de um estudo que realizou no âmbito da sua tese de doutoramento, a professora de Ensino Educação Especial e especialista em Psicopedagogia Especial, concluiu que "os apoios eram dados dentro da sala de aula, iniciados tardiamente e que o trabalho desenvolvido nem sequer era conhecido pelo professor do ensino regular responsável pela turma".
Desta forma, a especialista defende que "a supervisão tem de ser imediatamente implementada, porque só assim se faz uma orientação prévia e atempada, de forma a encontrar recursos e espaços adequados para um trabalho contextualizado e adequado a cada criança".
Amélia Martins entende que essa supervisão deveria ser feita pelo professor de Educação Especial, porque é "o que domina as áreas todas, a pedagógica e a da psicologia".
De acordo com a docente, quando os responsáveis não procuram apoio atempadamente, as crianças podem apresentar sintomas de ansiedade ou sinais depressivos, como perturbações do sono, perda de apetite, dores sem causa física aparente, tristeza, isolamento, aumento da desmotivação escolar e aumento de problemas comportamentais.
Todos estes factores, resultantes do insucesso escolar, tendem a agravar-se, se não forem adoptadas as medidas mais corretas para debelar as causas que explicam o insucesso manifestado pela criança.
Para Maria Amélia Dias Martins, um dos erros frequentes dos pais e educadores é rotular as crianças de desinteressadas e preguiçosas.
"Todas as crianças querem ter sucesso e todas desejam fazer boa figura perante os pais, professores e colegas. Quando tal não acontece, é porque algo se está a passar e a criança precisa de ser avaliada e, se tal se justificar, de ser tratada", acrescentou.

sábado, 2 de junho de 2012

Como a educação infantil influencia na vida adulta do seu filho

Marcio OrsoliniAtualizado em 27.04.2012

Getty Images


Ele pode não se lembrar, mas o impacto positivo das brincadeiras, da contação de história e de outros estímulos na infância persistirão por até 30 anos, refletindo em maior facilidade para construir uma carreira

.
A, B, C... Independentemente da classe social, as famílias querem sempre deixar uma herança comum aos filhos: uma boa educação. É claro que o tema instiga a discussão sobre escolas caras, cursos de artes, música, línguas, entre outros. Mas o foco do assunto é outro.

Um estudo da Universidade da Carolina do Norte utilizou as mesmas letras que distinguem as classes sociais para mostrar que uma formação educacional de qualidade independe da renda. Em 1972, o chamado projeto Abecedário recrutou 111 crianças de famílias americanas de baixa renda, a partir dos 4 meses de idade. O grupo foi acompanhado periodicamente, ao longo de 30 anos, com o objetivo de entender como a educação infantil refletiria na vida adulta em comparação com um grupo de controle.


Os principais resultados: os anos de escolaridade do time avaliado somaram, em média, 13.46 anos, enquanto o grupo de controle contabilizou 12.31 anos. Aos 30 anos, os participantes da pesquisa tinham 4,6 vezes mais probabilidades de obter diplomas universitários e 2 vezes mais chances de conseguir um emprego, embora não tenham sido mensurados os impactos socioeconômicos de uma graduação superior. A partir dessas constatações, os cientistas foram buscar justificativas e as encontraram nos estímulos que esses indivíduos receberam na educação infantil. Isso se traduz na participação dos pais em brincadeiras simples, leitura de livros e outras atividades que desafiavam a capacidade cognitiva dos filhos quando pequenos. Leia mais sobre o papel dos pais no aprendizado infantil.


A formação das principais características da personalidade da criança acontece nos três primeiros anos de vida. “É quando ela começa a aprender sobre o mundo”, diz Elizabeth Pungello, co-autora do estudo. “Nessa fase, o desenvolvimento do cérebro está em pleno vapor. É uma boa oportunidade para os adultos o estimularem de maneira lúdica, divertida, ou seja, contarem histórias adequadas à idade, levarem as crianças ao mercado, dando explicações sobre os itens que compram”, exemplifica. Saiba outras informações sobre estímulos e desenvolvimento.


De acordo com a cientista, essa bagagem permitirá que a criança identifique, quando crescer, as melhores oportunidades para ela. Nos primeiros anos de vida, destaca-se o desenvolvimento da autorregulação de competências. Em outras palavras, o pequeno aprende a focar a atenção em questões importantes, adquire comportamentos de controle e habilidades de comunicação.


Vale ressaltar que, nos casos estudados, as crianças frequentavam escolas que as reuniam em pequenos grupos. “É melhor procurar instituições de ensino em que os professores sejam responsáveis por um número menor de alunos”, aconselha a pedagoga Rosa Coelho, que trabalhou durante 30 nas redes públicas de São Paulo, com características semelhantes às da pesquisa americana. “Turmas muito grandes não permitem que os professores dediquem a devida atenção aos pequenos, desenvolvendo atividades criativas.”, justifica.


Em casa, os pais também podem contribuir para o desenvolvimento, com alguns recursos simples . “Estimule seu filho com brincadeiras instrutivas, converse com ele”, diz Rosa. Por fim, “nunca empregue aquele linguajar infantilizado para se igualar ao bebê. Fale com ele corretamente, para que ele se habitue à pronúncia da língua.”

Dez coisas que uma criança com Síndrome de Asperger gostaria que você soubesse

http://www.facebook.com/l/6AQGlpduhAQGhXmSw8TOHS-Sobbyzxc4wajCIRHDPXS59zg/www.youtube.com/watch?v=4tzHqUtUaA8&feature=share

Mãe comemora a 2ª Formatura de filho com down!

http://www.facebook.com/l/HAQHYH4MKAQEDSogV1QgQQbdy7vA-1OkBdwjkoanfpc6aJg/g1.globo.com/parana/noticia/2012/05/mae-comemora-2-formatura-de-filho-com-down-superamos-o-preconceito.html

Os cérebros mais eficazes são os das pessoas mais distraídas

 

Autor: João Miguel Ribeiro
Quinta-feira, 22 Março 2012 13:00
As pessoas com maior memória operacional têm maior tendência a distraírem-se. Um estudo recente demonstrou que quem realiza mais raciocínios em simultâneo tem menor capacidade para absorver a informação durante as tarefas de rotina.

Quem consegue captar mais informação e trabalhá-la é, também, quem mais facilmente se distrai. Segundo um estudo científico publicado na revista Psychological Science, os investigadores Daniel Levinson e Richard Davidson (universidade de Wisconsin-Madison, EUA) e Jonathan Smallwood (instituto Max Planck, Suíça) estabeleceram a ligação entre a maior memória operacional e a tendência do cérebro em dispersar-se por diversos pensamentos.
"Os nossos resultados sugerem que o tipo de planificação que as pessoas fazem frequentemente na vida diária, como quando estão no autocarro, vão de bicicleta para o trabalho ou tomam duche, é, provavelmente, efetuado através da memória operacional", afirmou Jonathan Smallwood, explicando que "os cérebros estão a tentar alocar recursos nos problemas mais prementes".
Esta forma de definir prioridades leva a que a maior memória operacional atribua uma maior capacidade para a realização de diversos raciocínios em simultâneo, tendo como consequência a dispersão da concentração. "É quase como se a atenção estivesse tão absorvida por outros pensamentos que não sobrasse espaço para recordar o que pretendiam estar a ler", referiu Daniel Levinson.
Isto porque a tendência de dispersão é maior quanto mais rotineira é a tarefa. Neste caso, o investigador referia-se a uma das conclusões observadas no estudo, em que os voluntários com maior memória operacional demonstraram um maior esquecimento de um livro que haviam lido durante a experiência. Esta conclusão foi reforçada com a introdução de fatores de distração sensorial, os quais vieram diminuir a tendência para a dispersão.
O estudo teve por base a observação dum grupo de voluntários que tinha de repetir algumas tarefas básicas, como premir um botão ao ler determinada letra num ecrã ou ao ritmo de cada inspiração. Registados quais os voluntários que mais se dispersavam da tarefa a executar, os investigadores passaram a medir a memória operacional, através da memorização de séries de letras enquanto resolviam problemas matemáticos.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

NÃO MISTURE AS COISAS SE VOCÊ AMA SEUS FILHOS!

Mãe de Salto Alto

Separação: como proteger os filhos da dor?

Oi, gente! No meu tempo de escola as crianças que tinham pais separados eram minoria. Entre as minhas amigas não tinha nenhum caso. Cresci e as coisas mudaram bastante. Entre minhas amigas hoje a maioria está no segundo casamento. Outras até no terceiro. O que significa isso? Significa que as famílias mudaram, como todo mundo sabe, e que a gente tem que mudar nossa cabeça, o que pouca gente se dispõe a fazer.
Digo isso porque conheço poucos casos como o da madrinha da minha filha Maitê. Muitos anos atrás ela se casou com um homem que era separado e tinha dois filhos. Recebeu as crianças como se fossem filhos dela. Até aí tudo bem, até é normal. O bacana foi o que ela fez com a ex do marido. Generosa como poucas pessoas, ela ajudou essa mulher a entender que estava lá para somar, para ser mais um membro daquela família. E foi isso que aconteceu. Hoje eles todos formam uma grande família. Tempos atrás uma das meninas engravidou e a minha amiga recebeu a notícia, por meio da ex do marido dela, da seguinte maneira: eu e você vamos ser avós! Legal, né? É, mas nem sempre é assim... muito pelo contrário!
Sei que a separação é um momento delicadíssimo e que as pessoas saem machucadas dele. Sei que muita gente não aceita e luta com todas as forças pra reconquistar um amor que já não existe mais. E sei também que, por tudo isso, muitas vezes as mães usam os filhos para torturar os ex-maridos. Será que é justo?
Como será que cresce uma criança que ouve a mãe depreciar o pai? Uma criança que é jogada contra a nova companheira desse pai? Que cabeça vai ter essa criança quando crescer e for formar uma nova família? Nem precisamos ir tão longe...que cabeça vai ter essa criança pra lidar com os problemas dela, do cotidiano (escola, namorados)?
Será que nessa hora não seria mais bacana deixar o egoísmo de lado e permitir que a criança forme os laços que ela quiser com o pai, a madrasta, os novos irmãos? Será que vale a pena transformar a vida de todo mundo num inferno ou é melhor conquistar novos aliados, gente que, no futuro, pode te ajudar na educação e criação dos seus filhos?
Não tenho dúvidas da resposta. Todo mundo sabe tudo que os especialistas preconizam nesses casos. Mas hoje quero levar você a refletir. Será que quando o amor do outro acaba nós temos que acabar com a relação dos nossos filhos com o nosso ex-amor? Acho que não, né? O seu ex pode ter sido um péssimo marido pra você, mas pode ser um ótimo pai para seus filhos.
Um beijo
Pati


Especialistas ensinam como utilizar as ferramentas da web para ter uma boa reputação online e se destacar dos demais candidatos.




*Por Mariana Parizotto
No começo deste ano, vários sites e jornais noticiaram o caso da inglesa Kimberley Swann que foi demitida após comentar no Facebook, site de relacionamento mais acessado no mundo, que seu trabalho era chato. O chefe da jovem ficou sabendo e Kimberley recebeu uma carta informando seu desligamento do emprego.
Muitos podem acreditar que se trata de um caso isolado, porém o acesso ao mundo virtual já é uma tendência de mercado. "Às vezes as empresas entram no perfil virtual dos candidatos e até mesmo dos funcionários para saber mais sobre a pessoa, por isso tem que tomar cuidado com as comunidades, as fotos e as palavras que possam demonstrar falha de caráter", explica Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br.
Para Andreia Ferreira, consultora da Luandre Recuros Humanos, quem está disputando uma vaga de emprego tem que redobrar as atenções, já que algumas empresas de recrutamento acessam os perfis virtuais dos candidatos como uma ferramenta complementar ao processo seletivo. "O perfil virtual (Orkut, facebook) pode fornecer mais informações sobre o candidato através das comunidades relacionadas, do estilo de comunicação que o mesmo estabelece em seu network, suas preferências e aspirações. Desta forma, é possível cruzar as informações virtuais com as fornecidas durante entrevista", relata.
Resumidamente, as empresas já descobriram que a internet é uma ótima fonte de pesquisa para avaliar e conhecer melhor os candidatos, portanto utilizá-la de maneira inteligente faz toda a diferença!
Reputação Online

A grande dica para manter uma imagem positiva na internet é ter um perfil equilibrado e decente. No orkut, por exemplo, comunidades como "Eu odeio meu chefe", "Eu odeio trabalhar de segunda-feira" ou "Odeio acordar cedo" devem ser abolidas do perfil. "Esse tipo de comunidade passa uma imagem ruim da pessoa. Você quer contratar profissionais que tenham bons relacionamentos, boas atitudes", comenta Marcelo Abrileri.
Por mais que algumas redes de relacionamento ofereçam um ambiente mais descontraído, é preciso imaginar a internet como uma vitrine. "Dependendo do conteúdo do perfil, parece que a pessoa só se interessa por festas, alguns demonstram comportamento ou vocabulário promíscuo e isso é muito desfavorável", conta Bianca Maria do Valle, especialista em Recursos Humanos da Trendset Consultoria.
Ainda neste aspecto, Guilherme Tossulino, analista de sistemas e de planejamento de soluções web, afirma que manter um perfil no Orkut apenas para compartilhar fotos das festas do final de semana e das viagens de férias com seus amigos não agrega muito para a carreira.
Muito mais do que manter uma boa imagem e evitar "gafes virtuais" que possam comprometer sua vida profissional, a reputação online também está ligada ao que você produz na web. "É interessante participar de fóruns de discussão, blogs com temas relacionados ao trabalho, à formação acadêmica. Escrever requer estudo e conhecimento, com isso o profissional se obriga a estudar e a entender sobre aquilo que está escrevendo. Exercita a crítica, a formação de opinião, a escrita e ajuda muito na formação da reputação online", aconselha Guilherme Tossulino.
Segundo o presidente da Currículum, as empresas apreciam candidatos que utilizam as ferramentas que a web oferece. "O profissional que tem trabalhos publicados na internet ou se mostra de maneira bem posicionada nos fóruns de discussão passa a idéia de ser ativo, ligado e atuante. As empresas procuram isto!", ressalta Marcelo.
Outra opção é participar de redes sociais destinadas à vida profissional, como o Linkedin, um verdadeiro banco de currículos profissionais e networking digital. "Em alguns sites especializados e redes de relacionamento já é possível deixar depoimentos sobre como foi trabalhar com tal pessoa e isto acaba funcionando como uma referência profissional online", aponta a consultora Andreia Ferreira.
O fato é que a internet é uma fonte inesgotável de conhecimento e possiblidades, então o profissional que deseja estar na frente precisa, antes de tudo, saber usar as ferramentas do mundo virtual a seu favor!
*Mariana Parizotto é jornalista do site Dicas Profissionais.


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SEJA BEM-VINDO!

"A disciplina é a parte mais importante do sucesso"Truman Capote

"As dificuldades devem ser usadas para superar obstáculos e vencer, não para desencorajar. O espiríto humano cresce mais forte no conflito".Willilam Channing

"O plano que não tem lugar para mudanças é um plano ruim"Syrus

"Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida."Sandra Carey

"Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la."Cícero

"Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la."H.w.Beecher

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"Por educação espiritual entendo a educação do coração. O desenvolvimento apropriado e completo da mente dá-se, portanto, só quando caminham no mesmo ritmo a educação das faculdades físicas e a educação das faculdades espirituais da criança. Elas constituem um todo indivisível. Segundo esta teoria, portanto, é erro grosseiro supor que podem ser desenvolvidas separadamente uma das outras." Mahatma Gandhi

Bulling

Você pode Tudo! Supere! (diminua ou pare a mídia do blog, para assistir o vídeo)

MULHER

À você mulher Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana. Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro. Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande. Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida. Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada. Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano. Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida. Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade. Autor: (Desconhecido)

UMA VITÓRIA!

15/12/2009 Câmara aprova a regulamentação da profissão de psicopedagogia A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco o Projeto de Lei 3512/08, da deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO), que regulamenta a atividade de psicopedagogia. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta seguirá para análise do Senado. O relator, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), advertiu que não é possível ao Legislativo ter iniciativa para criar o conselho da classe, como apontou a Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público. Ele votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. Agência Câmara