borboletas

c

arte e terapia

MULHER!


Dia da Mulher - Recados Para Orkut

Confira mais figuras para Dia da Mulher:
[red]***[/red]http://www.ocomentarios.com/orkut/609/1/dia-mulher.html[red]***[/red]

quarta-feira, 31 de março de 2010

Princípios Orientadores na Educação de Surdocegos


Artigos para Aprender


Alex Garcia
Portador de Surdocegueira
Especialista em Educação Especial
Presidente – AGAPASM
Membro da World Federation of Deafblind

Nossa experiência já mostrou há muito tempo, que o simples fato de tocarmos na palavra Surdocego ou Surdocegueira na presença do ser humano provém de imediato um mundo desfigurado, um mundo sem luz nem som, portanto solitário e, para muitos, inatingível, consequentemente impossível de ser, pelo menos, em parte modificado. Esse é o mundo, a realidade da Surdocegueira vista por alguém de fora. Porém, nosso objetivo ainda deve ser cumprido; desmistificar esta visão é necessário. Pois bem! Educar um Surdocego, sendo este apenas Surdocego ou apresentando outra deficiência associada, é um processo bastante complexo, principalmente tratando-se da Surdocegueira pré-lingüística, o que veremos mais adiante, aqui mesmo neste espaço. Sobretudo, no que se refere à Surdocegueira pré e pós-lingüísticas, estratégias educativas adequadas a cada grupo e inseridas neste, a cada pessoa poderão não o ser para outra, dado que cada pessoa é um ser único. No entanto, existem alguns princípios que, em nosso tempo de convivência e participações, mostraram-se úteis podendo ser importantes para futuras intervenções.
Estes princípios podem ser agrupados em três grupos:

Atitude do Educador

Ambiente de Educação/Aprendizagem

Relações com o Surdocego

a) Atitude do Educador

Ao desenvolvermos qualquer trabalho junto ao Surdocego, é de fundamental importância a colaboração que as famílias têm juntado aos profissionais de outros serviços para a educação do Surdocego, no sentido de termos abordagens de cunho transdisciplinar em que as pessoas que dela fazem parte partilhem os mesmos objetivos. Consequentemente, a família e o educador não se sentem tão isolados sendo estes então os principais impulsionadores da educação do Surdocego. “Os outros técnicos trabalham diretamente com ela durante o processo de avaliação e ajudam a implementar as estratégias mais específicas nos ambientes naturais ao Surdocego.” (Smith e Lavack, 1996, p. 7). Também considerando a complexidade do trabalho, acarretando dessa forma abandono por parte de educadores e de equipe transdisciplinar, a família é, freqüentemente, o único elemento que ano após ano continua o trabalho com o Surdocego. Assim, quando esta está envolvida é mais fácil manter a consistência das estratégias e dar continuidade ao trabalho, principalmente a este significativo grupo de deficientes, dado que grande parte da intervenção, principalmente nas primeiras idades de um Surdocego pré-lingüístico é reforçada ou realizada no ambiente familiar (Smith e Lavack, 1996, p. 8). Como acontece na educação de qualquer pessoa, outro princípio a considerar é a independência. O educador e a família devem procurar ajudar o Surdocego a funcionar o mais independente possível nos ambientes em que se encontra inserido. Para Surdocegueira pré-lingüística, contribuir para independência pode significar ter muita energia, criatividade, tolerância de nossa parte, pois pode ser mais fácil fazer a tarefa pelo Surdocego do que ensiná-lo a fazer. Para a Surdocegueira pós-lingüística, independência pode significar o uso de algum equipamento especial, e, com certeza, a aprendizagem de modelos de comunicação alternativos. Uma grande parcela de indivíduos Surdocegos ainda não é capaz de defender os seus próprios direitos, sendo essencial que quem contate com eles sistematicamente respeite os seus direitos individuais, como por exemplo:

Ter consciência da privacidade do Surdocego pré-lingüístico, isto é, não discutir assuntos relacionados com ele na sua presença. O fato de freqüentemente não conseguir falar ou ter dificuldades em pensar não significa não compreender que se está a falar dela. (Cushman, 1992, p. 9).

Ter consciência que um Surdocego pós-lingüístico pode defender seu ponto de vista e seus direitos apesar de ser Surdocego. Sua capacidade intelectual pode estar em plenas condições de desenvolvimento.

Permitir que tenha a dignidade de correr alguns riscos naturais, deixando o Surdocego fazer tudo aquilo que puder por si só, embora, por vezes, possa ser inconveniente para os outros.

b) Ambiente de Educação e Aprendizagem

É indispensável para qualquer Surdocego criarmos um ambiente de aprendizagem que constitua uma verdadeira experiência de aprendizagem. Devemos organizar um ambiente em que o Surdocego possa estar ativo, promovendo ele próprio a aprendizagem, ou seja, um ambiente que convide a resposta. Devemos envolver o Surdocego numa aprendizagem ativa possibilitando, de algum modo, ter controle sobre seu ambiente e motivação para iniciar respostas que controlem acontecimentos. É fundamental considerar a abordagem multisensorial principalmente quando a Surdocegueira apresenta problemas de desenvolvimento e problemas sensoriais. “Como o Surdocego poderá ter dificuldades em aprender através da audição e da visão, beneficiará de uma intervenção baseada no desenvolvimento de outros sentidos”(Cushman, 1992, p. 10).As experiências táteis são indispensáveis. É a forma de se adquirir informação acerca do mundo, principalmente se o indivíduo for totalmente cego. Os canais auditivos também são importantes, pois ajudam o indivíduo a funcionar nos ambientes. Adicionalmente, os sentidos do olfato, do gosto e do movimento também ajudarão a compreender melhor o mundo que nos rodeia. De acordo com Cushman (1992), cada um dos sentidos deve ser incorporado numa intervenção integrada, de modo a encorajar o Surdocego a explorar o mundo a sua volta. É essencial ensinarmos habilidades funcionais(*1) ao Surdocego. Quanto mais funcional for o ensino, maior é a possibilidade de êxito, pois melhor compreende o seu significado. Assim é muito importante tanto para o surdocego pré quanto para o pós-lingüístico, analisarmos o valor de uma determinada habilidade. Questões como: para que aprender isso? será relevante para sua vida futura? promove sua independência? são muito importantes e devem ser consideradas.

c) Relações com o Surdocego

As experiências e atividades devem centrar-se nos interesses dos Surdocegos. Com Surdocegos pré-lingüístico este deve conhecer suas preferências e interesses em determinados objetos e atividades usando sua observação para isso e usando este conhecimento como ponto de partida para a seleção de atividades. Por outro lado, o Surdocego pós-lingüístico, que é em grande parte mais susceptível a mudanças, seus interesses também devem ser respeitados, principalmente aqueles que visem à integração social, sua comunicação, e seu crescimento pessoal/individual. Outro aspecto capital, principalmente com relação ao Surdocego pré-lingüístico e dar tempo para que ele responda. Uma criança Surdocega precisa de mais tempo para a manipulação e exploração tátil. Se tiver outros problemas associados, o tempo deve ser ainda maior. Ela precisa de tempo para dar sentido ao que acontece em sua volta “por isso as mudanças de materiais, de atividades, não ficam confusas” (Chen e Dote-Kwan, 1995, p. 11).

Bibliografia
Chen, D.; Dote-Kwan J. Starting Points:Instructional Pratices for Young children Whos Multiple desabilities Include Visual Impairment. Blind Children Center. Los Angeles, Califórnia, 1995. In: Nunes M. C. A. Aprendizagem Ativa na Criança Multideficiente com Deficiência Visual: um guia para educadores. Perkins School for the Blind, 1999.
Cushman, C. Teaching Children With Multiple Disabilities na Overview. Perkins School for the Blind, 1992. In: Nunes M. C. A. Aprendizagem Ativa na Criança Multideficiente com Deficiência Visual: um guia para educadores. Perkins School for the Blind, 1999.
Smith, M. e Nancy, L. Teaching Students With Visual and Multiple Impairments a Resouce Guide. Texas School for the Blind and Visually Impaired, 1996. In: Nunes M. C. A. Aprendizagem Ativa na Criança Multideficiente com Deficiência Visual: um guia para educadores. Perkins School for the Blind, 1999.
Prezado leitor, confira este e outros belíssimos artigos acessando o Portal do Planeta Educação http://www.planetaeducacao.com.br Coluna Aprender com as Diferenças

(*1) O conceito de funcionalidade refere que tudo o que aprendemos deve ser susceptível de ser utilizado e contribuir para aumentar a sua autonomia pessoal (Viera e Pereira, 1996)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Diz-se que o homem vale pelo que sabe, mas vale mais aquele que sabe como dizer aquilo que sabe."Edmundo de Amicis

SEJA BEM-VINDO!

"A disciplina é a parte mais importante do sucesso"Truman Capote

"As dificuldades devem ser usadas para superar obstáculos e vencer, não para desencorajar. O espiríto humano cresce mais forte no conflito".Willilam Channing

"O plano que não tem lugar para mudanças é um plano ruim"Syrus

"Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida."Sandra Carey

"Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la."Cícero

"Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la."H.w.Beecher

SLIDES PEDAGOGIA PARA A VIDA, LINDO! CLIQUE.


http://yasminrs.com/pps/034-Pedagogia-para-a-Vida.html

"Por educação espiritual entendo a educação do coração. O desenvolvimento apropriado e completo da mente dá-se, portanto, só quando caminham no mesmo ritmo a educação das faculdades físicas e a educação das faculdades espirituais da criança. Elas constituem um todo indivisível. Segundo esta teoria, portanto, é erro grosseiro supor que podem ser desenvolvidas separadamente uma das outras." Mahatma Gandhi

Bulling

Você pode Tudo! Supere! (diminua ou pare a mídia do blog, para assistir o vídeo)

MULHER

À você mulher Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana. Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro. Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande. Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida. Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada. Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano. Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida. Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade. Autor: (Desconhecido)

UMA VITÓRIA!

15/12/2009 Câmara aprova a regulamentação da profissão de psicopedagogia A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco o Projeto de Lei 3512/08, da deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO), que regulamenta a atividade de psicopedagogia. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta seguirá para análise do Senado. O relator, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), advertiu que não é possível ao Legislativo ter iniciativa para criar o conselho da classe, como apontou a Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público. Ele votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. Agência Câmara