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quarta-feira, 15 de junho de 2011

ALTAS HABILIDADES

CARACTERÍSTICAS DOS AHs

“Superdotados: educandos que apresentam notável desempenho e/ou elevada potencialidade nos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual, aptidão acadêmica, pensamento criador, capacidade de liderança, talento especial para arte, habilidades psicomotoras, necessitando atendimento educacional especializado”.
(Portaria CENESP/MEC-nº 69, 28/08/86, artigo 3º)

Apesar de não existir um padrão homogêneo de comportamento entre os portadores de altas habilidades, há algumas características que podem ser apontadas como relevantes na avaliação e identificação de indivíduos superdotados. É importante lembrar que os superdotados poderão apresentar vários dos traços descritos, mas não necessariamente todos eles. Um portador de altas habilidades pode apresentar as seguintes características gerais:

  • Desenvolvimento físico precoce: crianças que engatinham, falam ou andam mais cedo do que as outras;
  • Maior tempo de atenção e vigilância, reconhecendo as pessoas que cuidam dele desde cedo;
  • Linguagem adquirida mais cedo, com vocabulário avançado para a idade;
  • Aprendizagem rápida, com ajuda ou estímulo mínimos;
  • Curiosidade, com capacidade de elaborar perguntas complexas e persistência para a obtenção das respostas;
  • Grande concentração, motivação e persistência quando estão interessadas em algo;
  • Interesses quase obsessivos em áreas específicas, a ponto de se tornarem especialistas;
  • Alta sensibilidade, apresentando reações intensas a ruídos, dor e frustração;
  • Alto nível de energia, que pode ser confundido com hiperatividade, em especial quando não são suficientemente estimuladas.

Especificamente em relação as habilidade acadêmicas, podemos destacar:

  • Aquisição precoce da leitura, com instrução mínima e leitura voraz;
  • Fascinação por números e relações numéricas;
  • Memória poderosa e detalhada, em especial relacionada a uma determinada área de interesse;
  • Capacidade de raciocínio lógico e abstrato;
  • Facilidade para perceber relações de causa e efeito;
  • Capacidade de transferir aprendizagens de uma situação para outra;
  • Habilidade para estabelecer generalizações;
  • Ampla base de conhecimento, com grande quantidade de informações sobre um assunto específico de interesse ou sobre uma variedade de assuntos;
  • Habilidade de resolver problemas difíceis e incomuns;
  • Alto grau de concentração, envolvimento e persistência quando trabalhando em uma área de interesse;
  • Pensamento divergente: capacidade de gerar um grande número de soluções ou idéias para um determinado problema ou questão;
  • Grande capacidade de crítica e avaliação - consegue identificar inconsistências rapidamente.

Nos aspectos sociais e afetivos:

  • Apreço pela solidão, muitas vezes por não terem outras crianças com quem compartilhar seus interesses;
  • Preferência pela companhia de crianças mais velhas;
  • Senso de humor apurado, com a tendência de ver humor em situações que não parecem humorísticas para os outros;
  • Interesse por problemas filosóficos, morais, políticos e sociais;
  • Criatividade;
  • Sensibilidade para a beleza;
  • Capacidade de encontrar soluções intuitivamente, estabelecendo relações entre os conhecimentos prévios e situações desconhecidas;
  • Espírito de aventura, disposição para correr riscos;
  • Atitude não-conformista, capacidade de resistir à pressão do grupo;
  • Pouca necessidade de motivação externa quando envolvido em trabalho ou projeto relativo à área de interesse;
  • Preferência por situações nas quais possa ter responsabilidade pessoal sobre o produto dos seus esforços;
  • Auto-confiança;
  • Comportamento cooperativo;
  • Capacidade de comunicação e articulação de idéias;
  • Habilidade de organizar pessoas e situações, com tendência a dirigir atividades em grupo;
  • Tendência a ser respeitado pelos colegas;
  • Comportamento responsável e comprometido.

(cf. Winner,1998; Conbrasd,s/d; Johnsen,2006; Brasil,2002).

Outras características

  • Inconformismo com a rotina;
  • Senso de humor;
  • Interesse por desafios;
  • Espírito crítico;
  • Interesse por conceitos acadêmicos;
  • Curiosidade;
  • Estabelecer relações entre fatos.

Algumas dificuldades que podem apresentar os PAH:

  • Falta de interesse;
  • Baixo rendimento escolar;
  • Hiperatividade;
  • Isolamento;
  • Falta de amigos;
  • Sentimento de frustração; Introversão;
  • Agressividade;
  • Apatia;
  • Tristeza ou mágoa;
  • Outros.

Objetivos da APAHSD:

1) Detectar possíveis habilidosos por meio de avaliações específicas;

2) No caso de crianças, orientar suas famílias e professores;

3) Encaminhar crianças AHs à escolas particulares por meio de cartas contendo relatórios das avaliações feitas nas diferentes áreas;

4) Orientar, aconselhar e encaminhar AHs (crianças, adolescentes ou adultos);

5) Desafiar, desenvolver e equilibrar crianças de até 12 anos nas diferentes habilidades;

6) Ministrar cursos de orientação, capacitação e formação, para familiares professores e profissionais ligados a área de educação;

7) Ministrar palestras e workshops para pais e professores;

8) Encaminhamento a profissionais específicos, credenciados e qualificados pela associação.












































Bebê de dois meses que fala !

15/06/2011 - 16h23

Bebê de dois meses que fala surpreende camponeses na Nicarágua


Manágua (Nicarágua)

Um bebê de dois meses deixou seus pais espantados quando, depois de tomar leite, pronunciou as primeiras palavras em uma comunidade camponesa da Nicarágua, revelou a imprensa nesta quarta-feira.

"A primeira palavra que falou foi para mim; disse mamãe", relatou Isabel Mendoza ao El Nuevo Diario.

"As palavras que disse foram mamãe, papai, 'pipe' (menino)", afirmou a mulher.

O pai, Antony Huete, contou que seu filho, que possui o mesmo nome dele, pediu-lhe uma vez "água, água".

A avó materna do menino, Rosa Álvarez, contou que no início não dava crédito a esta história, até que ouviu o bebê dizer "água".

"Pediu água ao pai", relatou.

O caso insólito ocorreu na comunidade de El Palmar, no município costeiro de Tola, departamento de Rivas, perto da fronteira com a Costa Rica.

O jornal afirmou que alguns moradores temem que isto seja um sinal de que o fim do mundo se aproxima.

"Estou um pouco confusa, porque o pastor diz que é normal, mas eu digo que é um sinal do fim dos tempos", afirmou Enriqueta Mendoza, uma das vizinhas do casal.

"É algo inacreditável, assombroso, nunca visto", expressou, por sua vez, José del Carmen Pérez, que afirmou que o bebê se comporta de modo estranho e "olha feio para as pessoas".

"A Bíblia fala que nos últimos tempos veríamos coisas que jamais acreditaríamos", disse o pastor evangélico da aldeia, Saúl Gutiérrez.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dificuldade de Aprendizagem ou de Sensibilidade?

_ Bom dia, professora Maura! Como hoje é seu primeiro dia de trabalho em nossa escola, ainda antes de apresentá-la aos alunos, gostaria que a senhora identificasse quais alunos irão desenvolver dificuldades de aprendizagem.

_ Ótimo, senhor diretor. O senhor pode me dizer quais são, se é que existe um ou alguns?

_ Isso eu ainda não sei professora. Não fizemos o teste, mas a senhora poderia começar sua atividade fazendo...

_ Teste? Que teste senhor diretor?

_ É simples, coloque pedacinhos de papel branco em uma bolsa e misture a eles cinco ou seis pedacinhos vermelhos. Peça depois a cada aluno, que sem olhar, retire um papelzinho. Os que saírem com o vermelho, por certo, apresentarão dificuldades de aprendizagem...

Exagero? Sem dúvida, mas de maneira alguma fantasia.

O que na realidade acontece na maior parte das nossas escolas é um procedimento mais ou menos análogo, ao se rotular crianças com dificuldade de aprendizagem. Se não existe o sorteio aleatório, existe a vontade de se considerar limitados os que apresentam alguma dificuldade na habilidade, que a escola ou a cultura vigente considera válida.

Uma criança, ou mesmo um adulto, com imensa inabilidade para desenvolver relacionamentos interpessoais não é rotulada como tendo dificuldade de aprendizagem, mas se apresenta dificuldade na leitura, o rótulo já lhe cai bem. Mas, convenhamos! O que é mais importante na vida? Aprender a ler ou fazer amigos? Saber matemática ou ser capaz de sobreviver à violência das grandes cidades? Apresentar facilidade para compor ou desenhar ou possuir notável capacidade de memorização para hierarquias dinásticas impostas pela História?

De maneira geral, todos os seres humanos apresentam limitações nesta ou naquela habilidade e praticamente ninguém é proficiente em absolutamente tudo, mas dependendo da cultura em que se nasce e da escola que se freqüenta, as nossas inabilidades são consideradas irrelevantes e, assim, somos rotulados como “normais”, enquanto que outros, por falta de sorte, ainda que extremamente habilidosos nesta ou naquela ação, recebem o rótulo de “anormais” porque não desenvolvem plenamente do domínio da leitura, da compreensão de mensagens, da capacidade de cálculo ou do raciocínio matemático ou ainda a audição, a fala ou a expressão escrita.

Não pretendemos com o exposto, afirmar que não existem dificuldades especificas e que estas não mereçam ser trabalhadas. Seria tolice e ato desumano defender essa tese e negar essa ajuda, quando possível. O que se pretende afirmar é que a rotulação inconseqüente é quase uma rotina e o elenco de habilidades importantes para viver são literalmente negligenciados pela educação convencional. Muitas vezes, uma criança apresenta dificuldades de leitura e compreensão de um texto, pelo infortúnio de apresentar disfunções somente notadas no ambiente cultural em que nasceu. A estrutura fonética da língua portuguesa, por exemplo, é essencialmente diferente da estrutura da língua inglesa e esta, por sua vez, apresenta insondáveis abismos em uma comparação com o árabe ou o chinês e, dessa forma, se a criança possui sérias deficiências na compreensão de sistemas de escritas logográficas, como a chinesa, mas nasceu no Brasil, será para sempre “normal”, como seria “normal” uma criança que com essas dificuldades nascesse na China, mas tivesse que viver apenas aprendendo e falando português.

Isto posto, ficam as questões que esta crônica pretende sugerir: primeiro, o corpo docente de uma escola após cuidadosa reflexão e plenamente sintonizada com o destino que deseja a seus alunos deve destacar quais habilidades importa desenvolver e, desta forma, ampliar o leque das que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem; segundo, identificar crianças com essas efetivas dificuldades e buscar meios, instrumentos, recursos e pessoas, para que seja prestada efetiva ajuda, não esquecendo jamais que benefício algum se mostra eficiente se antes de perceber sua ação carimbamos ou rotulamos os alunos.

Do exposto sobra uma singela conclusão. Nada é mais fácil na atividade docente que rotular este ou aquele aluno, nada esconde mais depressa nossa efetiva incompetência que achar que a dificuldade de uma criança não se deve a qualidade de nosso trabalho e portanto na maior parte das vezes quando rotulamos uma pessoa como portadora de dificuldade de aprendizagem, estamos evidenciando nossa óbvia dificuldade de sensibilidade.


CELSO ANTUNES

Olhar Empático do Mestre

Imagine uma obra de Picasso vista por uma pessoa comum, sem instrução e sem nada saber sobre quem foi seu autor. Pense sobre como essa pessoa descreveria a obra e imagine qual resposta daria caso lhe perguntasse quanto por ela, se pudesse, acharia justo pagar? Imagine agora, a mesma obra vista por um colecionador, por pessoa versada em arte e que soubesse apreciar obras geniais. Não é difícil descobrir que esta última veria na obra o que o primeiro jamais seria capaz de enxergar e que aos seus olhos educados, um Picasso autêntico constitui peça invulgar. O que separa esses dois olhares?

Educação! Diria você. O primeiro observador não possui olhar "educado" e, dessa forma, apreciaria com a singeleza dos simples e, mesmo que fosse informado sobre o valor da obra, não compreenderia porque traços que lhe parecem tão grotescos podem ser assim valorizados. O segundo, ao contrário, preparado para identificar beleza, identifica nos traços do gênio o imenso poder de síntese e de criação do artista. Sem, dúvida, o fator relevante a separar os dois olhares é a educação, mas não só a educação.

Nem todas as pessoas cultas apreciam obras de arte. Essa possibilidade existe para alguns porquês acrescentam à educação, a empatia do olhar, o gosto pelo maravilhoso, a paixão que seduz e embriaga. Educação sem empatia ajuda um pouco, mas a verdadeira empatia imprime roteiros ao olhar, desperta a emoção que se agrega ao que se vê. E, empatia sem educação, por acaso existe?

Claro que existe. Veja essa empatia no artesão que não fez escola, mas que destacou-se de outros de seu entorno para, no entalhe que executa, chegar a sensibilidade que encanta. Repare nos pintores primitivos que sem freqüentarem academias de arte, souberem olhar de forma especial e diferente a natureza e as pessoas com a acuidade e sensibilidade incomum que esculpiram, compuseram ou pintaram obras de incontestável valor artístico, sem nunca terem ouvido nada sobre a nobreza da arte. O olhar carregado de ternura e de empatia e sensibilidade aprimora-se com a educação, mas seguramente a precede.

E o que essas considerações tem a ver com a sala de aula?

Muita coisa, principalmente para professores da Educação Infantil. Qual a amplitude do olhar desse professor? Com que nível de empatia e encanto acolhe a linguagem infantil, destacando-a, elogiando-a e fazendo com que a criança descubra-se "importante" pelo trabalho que faz? Ainda uma vez, vale insistir sobre a imensa diferença que existe entre o elogio falso, entre a hipocrisia de se dar ênfase com a indiferença de quem segue uma rotina e o olhar verdadeiramente empático de quem sabe se encantar, ainda que esse encanto não dispense a correção. Professores inesquecíveis são todos aqueles que parecem possuir uma invisível "lente de aumento" descobrindo na produção de seus alunos a qualidade oculta, o detalhe relevante que destaca o elogio sincero.

Para uma criança, mas não só para crianças, todo elogio autêntico funciona como alimento essencial a auto-estima, como prova de que sendo capaz de despertar admiração de um adulto é "pessoa importante" e como tal ganha a garantia serena da proteção que, inconscientemente, reclama. Um olhar empático e atento, carregado de sincera admiração, pode não ser a única competência importante para um mestre, mas é sem dúvida uma competência imprescindível.

CELSO ANTUNES

LUIZ GUSTAVO E SEUS “RECURSOS”

Luiz Gustavo é professor de Língua Portuguesa.

Por sinal, muito bom professor. Por essa razão, jamais se esquece de simultaneamente aos conteúdos que ensina, solicitar aos alunos o insistente uso de “habilidades operatórias”. Como bem explica, essas habilidades se expressam por “verbos de ação” que provocam e instigam aptidões e capacidades necessárias à compreensão e a intervenção dos saberes que se aprende, para mais saberes aprender. Luiz Gustavo exemplifica mostrando que todo conteúdo novo se conecta a outros fatos quando o aluno sabe usar esses verbos, como “comparar”, “relatar”, “medir”, “combinar”, “criticar”, “classificar”, “interpretar”, “deduzir”, “sintetizar”, “aplicar” e ainda muitos outros.

É claro que não existe uma habilidade mais importante que outra e que assim todos os verbos se bem usados ajudam a consolidar aprendizagens, mas ainda que reconheça igual importância, Luiz Gustavo se anima sempre quando descobre que seus alunos aprendem “argumentar”. Argumentar, destaca o professor, é saber pensar, é transformar pelo raciocínio um fato em conseqüência, uma conseqüência em dedução. E exatamente pela enorme admiração que revela por quem bem argumenta é que resolveu com seus alunos, usar e abusar do que chamou de “recurso”.

- Professor Luiz. Não concordo com minha nota. Acho que respondi de maneira correta o que foi perguntado e a nota não expressa essa correção.

- Parabéns Alfredo. Acho que não devemos mesmo concordar com tudo quanto nos impinge. Você está certo, entre com um “recurso” que farei uma revisão consciente na correção.

- Professor, gostaria de mudar de grupo! - Mestre, penso que é muita a lição! - Luiz, não acho certo ter que usar canetas de duas cores para apresentar o trabalho! E, tal como essas, Luiz Gustavo sempre provocava desafios, propunha alternativas que questionava a opinião de seus alunos. Não é um professor essencialmente “polêmico”, mas adora inventar polêmicas, para que possa sempre responder.

- Perfeito. Entre com um recurso que examinarei seus argumentos com atenção.

Claro que seria mais rápido e bem mais objetivo, responder verbalmente aos alunos, mas se valia da proposta para o recurso porque desejava que seus alunos se habituassem a reclamar por escrito e, sobretudo, pensar em argumentos. Na maior parte das vezes, ao examinar o recurso, Luiz Gustavo dava ganho de causa ao aluno. Nunca foi extremamente rígido ou inflexível, mas se propunha essa iniciativa, era exatamente para estimular argumentações, provocar o uso da escrita e ao comentar com o aluno a resposta a seu recurso, pouco a pouco, ensiná-lo a argumentar.

Muitas vezes, dizia a seus colegas. O uso de recursos é minha maneira de ensinar civismo, é a fórmula mais simples e mais simpática que desenvolvo, para mostrar a meus alunos que quem sabe argumentar e quem não teme apanhar a caneta e sair em defesa do que acha justo, não é apenas um aluno. É em verdade, um cidadão.

CELSO ANTUNES

O Panelaço

Bachelard observou que “a lembrança pura não tem data. Tem uma estação. É a estação que constitui a marca fundamental das lembranças. Que sol ou que vento fazia nesse dia memorável?”

Compreendi as palavras de Bachelard ao me lembrar daquele dia memorável, que não pode ser esquecido. Era o fim de tarde, quando a luz do dia que se vai se mistura com o escuro da noite que chega e tudo fica indefinido. A indefinição ficava mais indefinida ainda pela chuva fina que começava a cair. Foi então que aconteceu: um barulho surdo, metálico, sem melodia e sem ritmo, começou a subir das ruas, dos apartamentos, dos escritórios, barulho que não combinava com o momento... Fiquei assustado porque não tinha na minha memória registro de qualquer barulho urbano que se assemelhasse àquele que enchia a tarde-noite de São Paulo. Eu estava no quinto andar. Tomei o elevador para o térreo. Queria saber o que estava acontecendo.

Quando, no térreo, saí à rua, os rostos sorridentes dos motoristas de táxi me fizeram lembrar. Os motoristas cansados, ao fim do dia, usam as buzinas para exprimir sua irritação. E eles estavam buzinando sem parar, mas sem que houvesse nenhuma razão de tráfego para tal. Suas buzinas não eram irritadas. Buzinavam e sorriam. Parecia que estavam felizes.

Aí me lembrei e entendi. Olhei para cima e vi de onde vinha o barulho metálico: as janelas e varandas dos apartamentos estavam cheias de pessoas que batiam panelas com colheres. O barulho era ensurdecedor e lindo, musicalmente... Aquele barulho era o canto de um povo. A chuva caia um pouco mais forte, mas as pessoas que andavam pelas ruas não demonstravam contrariedade. Elas sorriam com a água a lhes escorrer pelo rosto. Era o panelaço: uma cidade sem armas que buzinava e batia tampas e panelas para derrotar um exército armado, à semelhança do ocorrido na cidade de Jericó cujas muralhas caíram pelo som das trombetas.

Chorei e me disse: “É muito bonito! Uma estória para ser contada e repetida! As crianças precisam saber...” E foi ali que se formou na minha imaginação a estória que escrevi O flautista mágico .

No artigo “Os Pássaros”, dirigido às crianças, publicado no dia 21.07.09 nessa sessão, eu sugeri que, olhando para nossos sólidos representantes no congresso, um escorando o outro, fica claro que a maioria deles não está disposta a trocar seu menu de costeletas, lombos e lingüiças por uma modesta dieta vegetariana de alface e cenoura... Numa alusão ao filme do Hitchcock, eu disse que era preciso chamar os pássaros... Eles só sairão do castelo de impunidade onde se encontram se os pássaros os obrigarem.

Pássaros fomos nós, naquela tarde do panelaço contra a ditadura. Pássaros poderemos ser nós, agora...

Recebi agora, via internet, a convocação dos pássaros, um manifesto do qual vou citar alguns trechos.

“Esta é a hora: 7 de setembro às 17 horas! (...) No dia 7 de setembro às 17 horas vamos paralisar o Brasil. Às 17 horas vamos promover um panelaço! Exija que as redes de televisão, rádios, jornais, revistas e o político de sua confiança divulguem esse movimento. Mobilize sua escola, seu sindicato, sua igreja, seus amigos. No dia 7 de setembro, às 17 horas, estenda na janela uma bandeira, uma toalha, um pano qualquer! Bata panelas! Toque cornetas! Se você estiver no carro, buzine! Vamos fazer a nação tremer por um minuto!” As hienas e os gambás fugirão dos pássaros!

Eu vou buzinar, vou tocar sino, vou bater tampa e panela, estender bandeira, tocar a Nona Sinfonia... Ninguém poderá dizer que eu morri sem espernear...

ESTA NA HORA

RUBEM ALVES

SEJA BEM-VINDO!

"A disciplina é a parte mais importante do sucesso"Truman Capote

"As dificuldades devem ser usadas para superar obstáculos e vencer, não para desencorajar. O espiríto humano cresce mais forte no conflito".Willilam Channing

"O plano que não tem lugar para mudanças é um plano ruim"Syrus

"Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida."Sandra Carey

"Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la."Cícero

"Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la."H.w.Beecher

SLIDES PEDAGOGIA PARA A VIDA, LINDO! CLIQUE.


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"Por educação espiritual entendo a educação do coração. O desenvolvimento apropriado e completo da mente dá-se, portanto, só quando caminham no mesmo ritmo a educação das faculdades físicas e a educação das faculdades espirituais da criança. Elas constituem um todo indivisível. Segundo esta teoria, portanto, é erro grosseiro supor que podem ser desenvolvidas separadamente uma das outras." Mahatma Gandhi

Bulling

Você pode Tudo! Supere! (diminua ou pare a mídia do blog, para assistir o vídeo)

MULHER

À você mulher Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana. Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro. Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande. Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida. Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada. Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano. Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida. Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade. Autor: (Desconhecido)

UMA VITÓRIA!

15/12/2009 Câmara aprova a regulamentação da profissão de psicopedagogia A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco o Projeto de Lei 3512/08, da deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO), que regulamenta a atividade de psicopedagogia. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta seguirá para análise do Senado. O relator, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), advertiu que não é possível ao Legislativo ter iniciativa para criar o conselho da classe, como apontou a Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público. Ele votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. Agência Câmara