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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Educação Infantil e a alfabetização.


A Educação Infantil e a alfabetização.

Um belo dia, seu chefe lhe informa que você terá que aprender a operar um novo software. Um programa novo, com códigos e linguagens absolutamente desconhecidos por você. Para aprendê-lo, há dois caminhos:

Ser colocado numa sala, para que alguém lhe transmita toda a teoria e a programação, através de aulas, exercícios, livros, trabalhos e provas.

Ou, fazer antes uma aproximação sua ao novo software. Isto é, circular pela empresa para entender os motivos de estarem implementando aquele novo programa. Descobrir por que ele é importante, qual contexto será usado, quais as enormes possibilidades que ele abrirá para você e para a companhia, quais recursos ele oferece, onde você pode pesquisar mais, quem já trabalha com ele, com quem você pode trocar conhecimentos etc. Só então, depois de situado, envolvido e familiarizado, inicia-se o aprendizado formal do software.

Analisemos as duas opções. A primeira é um aprendizado passivo. Você está fechado numa sala recebendo um bocado de teoria, provavelmente entediado, perguntando-se o porque de ter que aprender tudo aquilo, achando que a chefia só inventa, e, louco para sair e tomar um café.

Na segunda opção, você entra na sala com vontade de aprender. Teve a oportunidade de visualizar o amplo horizonte que o novo programa abrirá na sua carreira e está curioso e engajado em explorá-lo. Quer compartilhar com os amigos, conversar sobre ele em casa, pesquisar na internet, comprar livros sobre o assunto.

Na educação infantil, muitas escolas ainda ensinam como a empresa que força o funcionário a aprender algo que ele não sabe para que serve. Ensinam a "ler e escrever" contando com um conhecimento prévio que a criança não possui. Ignoram que o mundo "letrado e numerado" tão familiar aos adultos, é desconhecido aos pequenos. Enfiam-nos na sala e tascam desenhos de letras, caligrafia, cópias e ditados sem que nada disso faça muito sentido na cabecinha deles.

Uma boa escola de educação infantil não foca seu trabalho na alfabetização. Porque sabe que as crianças pequenas são perfeitamente capazes de aprender letras, números e palavras, mas tem uma enorme dificuldade em uni-los atribuindo significados. Isto é, elas enxergam tijolos, janelas e telhas. Mas não visualizam a sala.

Por isso, a boa escola não perde tempo alfabetizando antes da hora. Porque é um aprendizado sem significado. O foco é dado a coisas mais essenciais para a infância (mas que nem sempre fazem tanto sucesso entre os pais): sociabilização, psicomotricidade, a exploração de sons, cheiros, cheiros, sensações e de tudo o mais que o brincar oferece.

Voltando ao exemplo do software, a boa escola preocupa-se em fazer a aproximação da criança com o mundo da escrita, deixando-a pronta e com vontade de receber o aprendizado formal, que acontecerá no ensino fundamental.

E para que isso não aconteça de forma entediante e impositiva, são desenvolvidas atividades lúdicas, divertidas e fantasiosas envolvendo textos e cálculos. Receitas de culinária, registros de explorações no jardim, a divisão de um bolo de chocolate, cartas endereçadas a super heróis ou ao melhor amigo, contagem dos pontos de jogos, leitura de contos, elaboração de roteiro de teatro, histórias em quadrinhos, brincadeira de escritorinho, visitas a feiras e mercados etc.

Escrevo isso em resposta a uma pergunta muito interessante que me foi enviada recentemente. Diante de um filhote visivelmente mais adiantado que a turma, os pais vivem o dilema de adiantá-lo ou não, pois no ano que vem fará o último ano da educação infantil e temem que ele se desestimule "quando um dos objetivos é escrever as primeiras palavras", coisa que o garoto já faz. E concluem perguntado se devem sacrificá-lo agora para evitar que ele sofra no futuro.

Numa escola cujo foco não seja alfabetizar e sim aproximar as crianças das imensas possibilidades da escrita, não faz diferença que uns sejam mais adiantados que os outros. Pelo contrário. Esse contato entre os desiguais é favorecido e permite uma troca muito rica de conhecimento entre as crianças. Um estimula o outro e todos crescem juntos.

Além disso, supondo que a criança seja mesmo bem mais adiantada que os demais, normalmente, esse adiantamento se dá em apenas uma área. Nas demais, ela é tão pequena como as outras. Ao ser adiantada, que recursos terá com os maiores em situações de conflitos? Conseguirá se impor ao grupo como um igual? Será tão hábil como os maiores nos times de futebol? E quando começarem os jogos sexuais, os namoricos? Não será incentivado precocemente para isso? Para que forçá-lo a atender as exigências de lição de casa, de ficar sentado copiando e realizando exercícios, quando sua maior vontade ainda é brincar?

Só para exemplificar, na sala do meu caçula, que está no último ano do infantil, há um garotinho que sempre se mostrou mais adiantado. Quando eles eram muito pequenos e desenhavam apenas rabiscos, ele já desenhava figuras humanas, com dedos, roupas e dentes. Hoje ele já lê e escreve. Comparado ao meu filho que, aos 6 anos, só escreve o próprio nome, ele estaria muito a frente em termos de domínio da escrita. Mas, nos demais aspectos é um menino idêntico ao meu. De vez em quando, ainda escapa um xixi nas calças, faz manha quando contrariado, é imaturo na resolução de conflitos. Se os pais dele fossem avaliar apenas os aspectos intelectuais, talvez o adiantassem. Mas, conhecendo o menino, tenho certeza que seria um erro em todos os demais aspectos. Ele acompanharia a nova turma intelectualmente. Mas teria que se esforçar além da conta para acompanhá-la emocionalmente.

Meu conselho aos pais que enviaram a pergunta permanece o mesmo do texto "Crianças adiantadas na escola": não adiantem seu filho.

Não é a série que vocês devem questionar e sim os procedimentos da escola. Alfabetizar crianças tão pequenas, dar ditado, evitar a troca entre elas, é muito, muito pouco! Seu filho, definitivamente, merece mais. Mas não será adiantando-o um ano que ele obterá aquilo que precisa para se desenvolver na sua plenitude.

Conversem com a escola para que, no novo ano, eles tenham um olhar cuidadoso para que ele não se entedie e peça que eles desenvolvam outras atividades além da escrita. Mais lúdicas, mais brincalhonas. Mais infantis.

E mantenham-se firmes. Sem ansiedade. Logo ele estará mais crescido, lidando com diversos conteúdos e as diferenças não serão mais tão acentuadas. A infância passa rápido. Defendam a do seu filhote com unhas e dentes! O restante virá naturalmente, no tempo e na idade certa.


Obs: Este texto contou com a consultoria da Telma Vinha, docente da Faculdade de Educação da Unicamp, autora do livro "O Educador e a Moralidade Infantil", co-autora do livro "Quando a escola é democrática", minha irmã queridíssima e responsável por muitos dos palpites que dou por aqui.

TAÍS VINHA - Blog Ombudsmãe

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