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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Conheça a Psicopedagogia!

Breve histórico da Psicopedagogia

Por: Simaia Sampaio

Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por J Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes Centros uniam conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (MERY apud BOSSA, 2000, p. 39).

Na literatura francesa – que, como vimos, influencia as idéias sobre psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França,..., onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, p. 37)

Esperava-se através desta união Psicologia-Psicanálise-Pedagogia, conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender o caso para determinar uma ação reeducadora.

Diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou sensorial era uma das preocupações da época.

Observamos que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo inicialmente um caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da equipe do Centro Psicopedagógico: médicos, psicólogos, psicanalistas e pedagogos.

Esta corrente européia influenciou significativamente a Argentina. Conforme a psicopedagoga Alicia Fernández (apud BOSSA, 2000, p. 41), a Psicopedagogia surgiu na Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a primeira cidade a oferecer o curso de Psicopedagogia.

Foi na década de 70 que surgiram, em Buenos Aires, os Centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico e tratamento. Estes psicopedagogos perceberem um ano após o tratamento que os pacientes resolveram seus problemas de aprendizagem, mas desenvolveram distúrbios de personalidade como deslocamento de sintoma. Resolveram então incluir o olhar e a escuta clínica psicanalítica, perfil atual do psicopedagogo argentino (Id. Ibid., 2000, p.41).

Na Argentina, a psicopedagogia tem um caráter diferenciado da psicopedagogia no Brasil. São aplicados testes de uso corrente, “alguns dos quais não sendo permitidos aos brasileiros...” (Id. Ibid., p. 42), por ser considerado de uso exclusivo dos psicólogos (cf. BOSSA, p. 58). “... os instrumentos empregados são mais variados, recorrendo o psicopedagogo argentino, em geral, a provas de inteligência, provas de nível de pensamento; avaliação do nível pedagógico; avaliação perceptomotora; testes projetivos; testes psicomotores; hora do jogo psicopedagógico” (Id. Ibid., 2000, p. 42).

A psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, cujas dificuldades de aprendizagem nesta época eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção cerebral mínima (DCM) que virou moda neste período, servindo para camuflar problemas sociopedagógicos (Id. Ibid., 2000, p. 48-49).

Inicialmente, os problemas de aprendizagem foram estudados e tratados por médicos na Europa no século XIX e no Brasil percebemos, ainda hoje, que na maioria das vezes a primeira atitude dos familiares é levar seus filhos a uma consulta médica.

Na prática do psicopedagogo, ainda hoje é comum receber no consultório crianças que já foram examinadas por um médico, por indicação da escola ou mesmo por iniciativa da família, devido aos problemas que está apresentando na escola (Id. Ibid., 2000, p. 50).

A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id. Ibid., 2000, p. 52).

De acordo com Visca, a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da Medicina e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem, e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000, p. 21).

Com esta visão de uma formação independente, porém complementar, destas duas áreas, o Brasil recebeu contribuições, para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de profissionais argentinos tais como: Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre outros.

Temos o professor argentino Jorge Visca[1] como um dos maiores contribuintes da difusão psicopedagógica no Brasil. Foi o criador da Epistemologia Convergente, linha teórica que propõe um trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Escola de Genebra - Psicogenética de Jean Piaget (já que ninguém pode aprender além do que sua estrutura cognitiva permite), Escola Psicanalítica - Freud ( já que dois sujeitos com igual nível cognitivo e distintos investimentos afetivos em relação a um objeto aprenderão de forma diferente) e a Escola de Psicologia Social de Enrique Pichon Rivière ( pois se ocorresse uma paridade do cognitivo e afetivo em dois sujeitos de distinta cultura, também suas aprendizagens em relação a um mesmo objeto seriam diferentes, devido as influências que sofreram por seus meios sócio-culturais) (VISCA, 1991, p. 66).

Visca propõe o trabalho com a aprendizagem utilizando-se de uma confluência dos achados teóricos da escola de Genebra, em que o principal objeto de estudo são os níveis de inteligência, com as teorizações da psicanálise sobre as manifestações emocionais que representam seu interesse predominante. A esta confluência, junta, também, as proposições da psicologia social de Pichon Rivière, mormente porque a aprendizagem escolar, além do lidar com o cognitivo e com o emocional, lida também com relações interpessoais vivenciadas em grupos sociais específicos (França apud Sisto et. al. 2002, p. 101).

A análise do sujeito através de correntes distintas do pensamento psicológico concebeu uma proposta de diagnóstico, de processo corretor e de prevenção, dando origem ao método clínico psicopedagógico.

...quando se fala de psicopedagogia clínica, se está fazendo referência a um método com o qual se tenta conduzir à aprendizagem e não a uma corrente teórica ou escola. Em concordância com o método clínico podem-se utilizar diferentes enfoques teóricos. O que eu preconizo é o da epistemologia convergente (VISCA, 1987, p. 16).

Visca implantou CEPs no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e Curitiba. Deu aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Itajaí, Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras. (Cf. BARBOSA, 2002, p. 14).

Muitos outros cursos de Psicopedagogia foram surgindo ao longo deste período até os dias atuais e este crescimento não pára de acontecer o que indica uma grande procura por esta profissão. Entretanto, é importante ressaltar, que esta demanda pode proliferar cursos precários distribuindo diplomas e certificados a profissionais inadequados.

Devemos, portanto, escolher com muito cuidado a Instituição que desejamos fazer o curso de Psicopedagogia. Tenho conhecimentos de cursos que no período do estágio abandonam seus alunos sem a devida orientação.

Existe, em nosso país há 13 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) que dá um norte a esta profissão. Ela é responsável pela organização de eventos, pela publicação de temas relacionados à Psicopedagogia, cadastro dos profissionais.

Qualquer dúvida sobre o curso que deseja fazer procure a sessão da Abpp em seu estado.



[1] Nascido em 14 de maio de 1935, na cidade de Baradeiro, Província de Bueno Aires, e falecido em 23 de julho de 2000, em Buenos Aires, Capital da Argentina, foi o fundador do Centro de Estudos Psicopedagógicos - Curitiba, divulgador da Psicopedagogia no Brasil, Argentina e Portugal, como também criador de uma Clínica Comunitária que atende a comunidade carente com dificuldade de aprendizagem.

Bibliografia:

BARBOSA, Laura Monte Serrat. A História da Psicopedagogia contou também com Visca, in Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.

BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

SISTO, F.F. Aprendizagem e mudanças cognitivas em crianças. Petrópolis, Vozes, 1997.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto Alegre,Artes Médicas, 1987.

___________. Psicopedagogia: novas contribuições; organização e tradução Andréa Morais, Maria Isabel Guimarães – Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1991.

A pedido ! Para tirar dúvidas.

1. O que é a psicopedagogia?

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

2. Quem são os psicopedagogos?


São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

3. Onde atuam?

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

4. Como se dá o trabalho na clínica?

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese.
Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

5. O diagnostico é composto de quantas sessões?

Entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada.

6. E depois do diagnóstico?

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso.

7. E o tratamento psicopedagógico?

O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.
Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras situações que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.
O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.
Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem, organizando, assim, o seu modelo de aprendizagem.
O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e poderá dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.
O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões, ou seja, fazer uma supervisão psicopedagógica.

8. Como se dá o trabalho na Instituição?

O psicopedagogo na instituição escolar poderá:

- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.

9. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?

A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

SIMAIA SAMPAIO

Genograma Familiar

O genograma é um instrumento gráfico, e pode ser utilizado por diversos
profissionais, tais como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, entre outros, pois facilita a interpretação dos principais problemas sociais,
biológicos, emocionais e de relacionamento interpessoal.
O efeito gráfico facilita a observação não somente do contexto familiar, mas
também do indivíduo, pois o homem ao construir-se, angustia-se diante da
responsabilidade em existir, visto que é um ser-aí e um ser-no-mundo e é através das
relações com os outros que o homem se constrói e é responsável pela construção e o
cuidado do outro.
Na construção do genograma é de suma importância a escuta empática por parte do
profissional, devido a mobilização ocasionada nos pacientes na construção do instrumento,
pois este se depara com sua história familiar, e faz com que entre em contato com seu
projeto de vida e dentro da concepção fenomenológica existencial afirmamos que
“conscientizar-se do projeto não significa apenas alterá-lo pode ser que isso o leve a mantêlo.
É uma escolha que a qualquer sentido leva o risco” (Erthal, 1989, p. 57).
Ainda conforme Erthal (1989) ao realizarmos escolhas damos ao mundo o
significado que apresenta um sentido para o nosso ser, portanto ao se deparar com sua
história de vida familiar, refletida no genograma, o indivíduo é encorajado a refletir sobre
sua vida. Como nos menciona Sartre (1978, p. 7) “Assim como sou responsável por mim e
por todos, e crio uma certa imagem do homem por mim escolhida; escolhendo-me, escolho
o homem”.
Sendo assim levamos o paciente a refletir sobre sua responsabilidade em escolher,
em manter ou não o padrão familiar constatado no genograma.
No artigo realizado utilizam-se dois casos fictícios, em que se pode observar que o
instrumento possibilita uma gama de informações que, em um único instrumento, auxilia
de diversas formas os profissionais, pois cada profissional irá direcionar as perguntas, para
posteriormente utilizar em sua prática.
No segundo caso citado, foi possível constatar a partir do genograma, as
divergências entre pai e filho, problemas sociais, emocionais, genéticos e hereditários,
sendo que todos estes fatores contribuíram para o surgimento de transtorno mental, bem
como a percepção do padrão de funcionamento familiar e individual.
Entende-se que este artigo, contribui de forma transdiciplinar ao trazer o
genograma, que é um instrumento utilizado na abordagem sistêmica familiar, para as
demais abordagens teóricas tais como a fenomenologia existencial.
Dentro desta abordagem o homem o homem é um ser livre, único e responsável pela
própria existência (Aranha, 1993.), o método fenomenológico, busca descrever o
fenômeno tal como ele é, sendo o próprio homem quem o descreve, de acordo com o
sentido que deseja dar para o fenômeno, assim ao utilizarmos o genograma, o profissional
estará observando o sentido de que o indivíduo atribui a sua vida e seus relacionamentos.Percebe-se também na utilização do genograma, a maneira como o indivíduo percebe o seu EU ideal, Erthal (1989) afirma que muitos indivíduos, por não se aceitarem
realisticamente, criam uma imagem idealizada de si mesmo, daquilo que gostariam de ser,
não percebendo suas potencialidades.
Esta imagem idealizada pode tornar-se prejudicial a medida que origina angústia
frente as escolhas fracassadas, o que fica potencializando em famílias cujo padrão de
funcionamento é opressor, criando assim uma autoimagem negativa, a autoimagem é
realizada a partir do significado que damos às nossas escolhas e estas desvelam o nosso ser,
que formam nossos projetos de vida. “A imagem que o indivíduo cria de si mesmo,
determina os comportamentos que desenvolve” (Erthal, 1989, p. 57).
Muitos indivíduos portadores de Transtornos Mentais, inseridos em famílias com
padrão rígido de comportamento, demonstram sentimentos de inferioridade, e o complexo
de inferioridade é uma maneira de se escolher dentro de um plano de comportamentos
fracassados, e afirma que: “antecipando os julgamentos desfavoráveis dos outros, escolhese
justamente comportamentos que os propicie. Como consequência disso, uma imagem
idealizada pode ser formada, para compensar a ideia negativa que possa ter a respeito de si”
(Erthal, 1989, p. 62). Exemplificamos com os casos fictícios, onde escolhas negativas
como uso de drogas, casamento com pessoa agressiva, entre outros fatores constatados no
genograma, fortalecem o sentimento de inferioridade.
Desta forma acreditamos que a utilização do genograma, não somente na
abordagem Sistêmica, mas aqui exemplificado na teoria Fenomenológico Existencial,
poderá ser utilizado em outro enfoque teórico, pois o interesse principal é de auxiliar o
indivíduo a buscar pelo seu papel e nortear teoricamente o profissional na utilização do
genograma.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Educação Infantil e a alfabetização.


A Educação Infantil e a alfabetização.

Um belo dia, seu chefe lhe informa que você terá que aprender a operar um novo software. Um programa novo, com códigos e linguagens absolutamente desconhecidos por você. Para aprendê-lo, há dois caminhos:

Ser colocado numa sala, para que alguém lhe transmita toda a teoria e a programação, através de aulas, exercícios, livros, trabalhos e provas.

Ou, fazer antes uma aproximação sua ao novo software. Isto é, circular pela empresa para entender os motivos de estarem implementando aquele novo programa. Descobrir por que ele é importante, qual contexto será usado, quais as enormes possibilidades que ele abrirá para você e para a companhia, quais recursos ele oferece, onde você pode pesquisar mais, quem já trabalha com ele, com quem você pode trocar conhecimentos etc. Só então, depois de situado, envolvido e familiarizado, inicia-se o aprendizado formal do software.

Analisemos as duas opções. A primeira é um aprendizado passivo. Você está fechado numa sala recebendo um bocado de teoria, provavelmente entediado, perguntando-se o porque de ter que aprender tudo aquilo, achando que a chefia só inventa, e, louco para sair e tomar um café.

Na segunda opção, você entra na sala com vontade de aprender. Teve a oportunidade de visualizar o amplo horizonte que o novo programa abrirá na sua carreira e está curioso e engajado em explorá-lo. Quer compartilhar com os amigos, conversar sobre ele em casa, pesquisar na internet, comprar livros sobre o assunto.

Na educação infantil, muitas escolas ainda ensinam como a empresa que força o funcionário a aprender algo que ele não sabe para que serve. Ensinam a "ler e escrever" contando com um conhecimento prévio que a criança não possui. Ignoram que o mundo "letrado e numerado" tão familiar aos adultos, é desconhecido aos pequenos. Enfiam-nos na sala e tascam desenhos de letras, caligrafia, cópias e ditados sem que nada disso faça muito sentido na cabecinha deles.

Uma boa escola de educação infantil não foca seu trabalho na alfabetização. Porque sabe que as crianças pequenas são perfeitamente capazes de aprender letras, números e palavras, mas tem uma enorme dificuldade em uni-los atribuindo significados. Isto é, elas enxergam tijolos, janelas e telhas. Mas não visualizam a sala.

Por isso, a boa escola não perde tempo alfabetizando antes da hora. Porque é um aprendizado sem significado. O foco é dado a coisas mais essenciais para a infância (mas que nem sempre fazem tanto sucesso entre os pais): sociabilização, psicomotricidade, a exploração de sons, cheiros, cheiros, sensações e de tudo o mais que o brincar oferece.

Voltando ao exemplo do software, a boa escola preocupa-se em fazer a aproximação da criança com o mundo da escrita, deixando-a pronta e com vontade de receber o aprendizado formal, que acontecerá no ensino fundamental.

E para que isso não aconteça de forma entediante e impositiva, são desenvolvidas atividades lúdicas, divertidas e fantasiosas envolvendo textos e cálculos. Receitas de culinária, registros de explorações no jardim, a divisão de um bolo de chocolate, cartas endereçadas a super heróis ou ao melhor amigo, contagem dos pontos de jogos, leitura de contos, elaboração de roteiro de teatro, histórias em quadrinhos, brincadeira de escritorinho, visitas a feiras e mercados etc.

Escrevo isso em resposta a uma pergunta muito interessante que me foi enviada recentemente. Diante de um filhote visivelmente mais adiantado que a turma, os pais vivem o dilema de adiantá-lo ou não, pois no ano que vem fará o último ano da educação infantil e temem que ele se desestimule "quando um dos objetivos é escrever as primeiras palavras", coisa que o garoto já faz. E concluem perguntado se devem sacrificá-lo agora para evitar que ele sofra no futuro.

Numa escola cujo foco não seja alfabetizar e sim aproximar as crianças das imensas possibilidades da escrita, não faz diferença que uns sejam mais adiantados que os outros. Pelo contrário. Esse contato entre os desiguais é favorecido e permite uma troca muito rica de conhecimento entre as crianças. Um estimula o outro e todos crescem juntos.

Além disso, supondo que a criança seja mesmo bem mais adiantada que os demais, normalmente, esse adiantamento se dá em apenas uma área. Nas demais, ela é tão pequena como as outras. Ao ser adiantada, que recursos terá com os maiores em situações de conflitos? Conseguirá se impor ao grupo como um igual? Será tão hábil como os maiores nos times de futebol? E quando começarem os jogos sexuais, os namoricos? Não será incentivado precocemente para isso? Para que forçá-lo a atender as exigências de lição de casa, de ficar sentado copiando e realizando exercícios, quando sua maior vontade ainda é brincar?

Só para exemplificar, na sala do meu caçula, que está no último ano do infantil, há um garotinho que sempre se mostrou mais adiantado. Quando eles eram muito pequenos e desenhavam apenas rabiscos, ele já desenhava figuras humanas, com dedos, roupas e dentes. Hoje ele já lê e escreve. Comparado ao meu filho que, aos 6 anos, só escreve o próprio nome, ele estaria muito a frente em termos de domínio da escrita. Mas, nos demais aspectos é um menino idêntico ao meu. De vez em quando, ainda escapa um xixi nas calças, faz manha quando contrariado, é imaturo na resolução de conflitos. Se os pais dele fossem avaliar apenas os aspectos intelectuais, talvez o adiantassem. Mas, conhecendo o menino, tenho certeza que seria um erro em todos os demais aspectos. Ele acompanharia a nova turma intelectualmente. Mas teria que se esforçar além da conta para acompanhá-la emocionalmente.

Meu conselho aos pais que enviaram a pergunta permanece o mesmo do texto "Crianças adiantadas na escola": não adiantem seu filho.

Não é a série que vocês devem questionar e sim os procedimentos da escola. Alfabetizar crianças tão pequenas, dar ditado, evitar a troca entre elas, é muito, muito pouco! Seu filho, definitivamente, merece mais. Mas não será adiantando-o um ano que ele obterá aquilo que precisa para se desenvolver na sua plenitude.

Conversem com a escola para que, no novo ano, eles tenham um olhar cuidadoso para que ele não se entedie e peça que eles desenvolvam outras atividades além da escrita. Mais lúdicas, mais brincalhonas. Mais infantis.

E mantenham-se firmes. Sem ansiedade. Logo ele estará mais crescido, lidando com diversos conteúdos e as diferenças não serão mais tão acentuadas. A infância passa rápido. Defendam a do seu filhote com unhas e dentes! O restante virá naturalmente, no tempo e na idade certa.


Obs: Este texto contou com a consultoria da Telma Vinha, docente da Faculdade de Educação da Unicamp, autora do livro "O Educador e a Moralidade Infantil", co-autora do livro "Quando a escola é democrática", minha irmã queridíssima e responsável por muitos dos palpites que dou por aqui.

TAÍS VINHA - Blog Ombudsmãe

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A descoberta

Quando as crianças descobrem a sexualidade

A descoberta da sexualidade faz parte do desenvolvimento da criança

Em meu percurso como educadora, percebo uma demanda muito grande quando o assunto é sexualidade infantil. Recebo muitas perguntas de pais que, não sem razão, preocupam-se com indagações e ações de seus filhos com relação ao tema. Dúvidas sobre o que é próprio ou não para a faixa etária, em que medida deve-se ou não responder aos questionamentos, questão de identidade com o gênero, enfim, um sem fim de inseguranças.

Criança olhando para dentro do penico

Via de regra tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança desde que sem exageros. Uma regrinha vale sempre. Quando nos deparamos com uma atitude inesperada da criança, que não consideramos adequada, desde que sem gravidade, não se deve imediatamente sair em busca de terapias e “consertos”. É preciso observar se foi um ato isolado ou se é um fato recorrente que se estende por um longo período.

A criança, quando livre das fraldas começa a descobrir-se e demonstrar uma curiosidade que, se de acordo com sua idade, deve ser contornada explicando a ela que certas “pesquisas” devem ser feitas na privacidade, como quando vamos ao banheiro. É preciso evitar passar uma conotação de que essa descoberta é ”feia” ou “suja”.

Entretanto, pais e educadores devem estar atentos é às situações compulsivas e recorrentes. Antes de qualquer coisa indica-se uma investigação médica para verificar se não há alguma causa física como um corrimento ou infecção de urina, por exemplo, que esteja fazendo com que a criança se manipule com maior frequência. Eliminadas essas causas, quando a criança insiste em um comportamento em casa ou na escola, pode-se propor mudança de atividades como jogos histórias ou brincadeiras fazendo com que ela perceba que aquele momento é inapropriado para sua “pesquisa”.

Quando o assunto é “pergunta embaraçosa” não há quem não se sinta constrangido, sem saber o que responder. A dica é: dê sempre respostas diretas e verdadeiras. Se uma criança pergunta como ela nasceu, não está querendo saber desde a concepção como foi, nem está esperando um tratado sobre sexo. Ela espera uma resposta direta a sua pergunta. Pode-se começar respondendo: “Você nasceu no hospital” ou “Você nasceu da barriga da mamãe.” Se a curiosidade da criança foi satisfeita, ela vai parar por aí. Se não foi certamente virá outro questionamento e talvez mais outro até que ela obtenha uma resposta que satisfaça sua dúvida.

Se o adulto ficar muito embaraçado ou se não souber a resposta deve ser claro e sincero dizendo que não sabe a resposta e que vai buscar saber para depois dizer a ela. Mas não se esqueça de dar a ela essa resposta depois, pois caso contrário ela certamente buscará com outras fontes, que provavelmente não serão tão seguras como amigos da mesma idade, revistas ou internet.

Existem algumas curiosidades recorrentes como a “Síndrome da castração” descrita por Freud em que muitas crianças assustam-se ao ver o amiguinho no banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a mais o a menos. As meninas pensam que perderam um pedaço ou que ainda vão desenvolver. Os meninos ficam horrorizados pensando que as meninas perderam uma parte e que isso também irá acontecer com eles. Por isso, é importante lidar com naturalidade deixando que as crianças desde pequenas tomem banho com os irmãozinhos ou seus pais, agindo assim com naturalidade.

Precisamos nos conscientizar que as crianças crescem e descobrem seu corpo e dos outros. As crianças não têm uma visão erótica dessas manifestações, elas existem no pensamento estereotipado do adulto.

É preciso lembrar que a ligação afetiva da criança com seus pais começa até antes do nascimento e evolui por meio da demonstração dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho e cumplicidade. Coloquem-se no lugar da criança e permitam que se sinta respeitada e acolhida em suas dúvidas. Só assim se criará uma relação de confiança e a criança saberá que pode buscar nos pais respostas verdadeiras, estabelecendo um elo forte e perene.

Karen Kaufmann Sacchetto - Colunista do Guia do Bebê


Karen Kaufmann Sacchetto
Pedagoga
Especialista em Distúrbios de Aprendizagem
Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento

Trauma infantil

O trauma infantil pode ter origens diferentes mas sempre é muito doloroso e quase impossível suportar

Alguns casos:

- violência infantil - que se caracteriza por maus tratos físicos;

- abuso sexual - quando há qualquer tipo de contato sexual entre a criança e um adulto ou simplesmente pessoa mais velha;

- criança negligenciada física e ou emocionalmente - quando os responsáveis por ela não fornecem os cuidados básicos necessários e adequados;

- criança que sofreu acidente traumático ou testemunhou violência contra pessoa muito próxima e outras situações.

Menina solitária em aparente sofrimento

Dependendo do grau de fragilidade emocional apresentado pela criança, o estresse pós-traumático poderá ser mais profundo e difícil de lidar.

Certamente, cada caso é um caso e, de forma geral, a criança necessita urgentemente de apoio psicoemocional e de segurança.

Conversar com a criança várias vezes e sempre que necessário, favorecendo um espaço emocional para que possa expressar livremente seus sentimentos, sem críticas ou julgamentos. Muita gente acha que não se deve tocar no assunto, mas é completamente o inverso. Quanto mais a criança falar, mais vai aliviar sua dor e se conscientizar de que não teve culpa.

Se se trata de uma criança retraída, apática e calada, peça que desenhe suas emoções ou o que aconteceu, enfim, o que ela desejar e conseguir. O que não pode é fazer de conta que nada aconteceu, pois estará prejudicando a recuperação da criança, sua saúde física e mental, além de menosprezar seus sentimentos.

Apesar de não haver um modelo de comportamento ou de emoção expresso pela criança que vivenciou o trauma, as consequências são graves de tal forma que os pais ou responsáveis mais atentos, conseguem detectar que algo muito sério está acontecendo com seu filho.

A criança pode apresentar distúrbio do sono com pesadelos constantes, ansiedade mais exacerbada, estado de alerta como se a qualquer momento pudesse estar em perigo novamente, voltar a molhar a cama, perda de apetite, vômitos, choro intenso e frequente, tornar-se arredia e com certo grau de agressividade. Ou seja, o comportamento infantil apresenta mudanças extremas.

Importante destacar que, se a criança tiver assistência adequada, rodeada de pessoas que ama e confia, de modo que possa se reassegurar de que está protegida, amparada e de que é compreendida e amada, com o tempo vai readquirindo confiança e, na medida do possível, reassume a rotina anterior.

Mas nem sempre é assim. Por ser uma situação muito dramática e de risco, para algumas crianças, a rede de apoio familiar e de amigos, não é suficiente. Necessitam de apoio profissional capacitado e imediato, bem como, as famílias para, além de amenizar seu próprio estresse, também possam aprender como ajudá-las quando estiverem em casa.

Pré-escola

A importância da pré-escola

Alfabetização a princípio significa o domínio da leitura e da escrita, mas esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas compõem a chamada "fase pré-escolar" ou "período preparatório". O processo de alfabetização, é bastante complexo para a criança, por isso a importância de se respeitar o período preparatório, que dará a criança o suporte necessário para que ela prossiga sem apresentar grandes problemas. Uma criança sem o preparo necessário, pode apresentar durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à orientação espacial, não sabendo por exemplo, segurar o lápis com firmeza, unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas. Também é possível encontrar crianças que só sabem copiar textos, e durante um ditado, não conseguem escrever. Podemos falar também sobre as dificuldades de interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e ainda nas dificuldades emocionais. Complexos de inferioridade, insegurança, medo de situações novas, medo de ser repreendida, medo de errar, de não corresponder às expectativas dos pais, apatia, indiferença ou indisciplina e revolta, problemas de socialização, baixa auto-estima, e outros. O período propício para a alfabetização é entre os 6 ou 7 anos. Segundo Freud, é a chamada "fase latente", quando a criança já não tem mais interesses relacionados à descoberta do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas relações, e pode ter toda a sua atenção voltada para a aprendizagem por que esses interesses só voltam a se manifestar na puberdade. O processo de alfabetização pode chegar à 2 anos dependendo da maturidade, do preparo, do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita, havendo a necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de textos. Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado com horários regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e amor entre a família, intergração entre a família e a escola, facilitam muito a superação do período de alfabetização com bastante êxito.

Falando agora do período preparatório, precisamos levar em consideração que para ser alfabetizada, uma criança precisa antes de tudo ter uma auto-estima elevada, precisa estar bem emocionalmente, ter segurança e auto-confiança, para poder enfrentar as dificuldades que o processo de alfabetização irão lhe impor. Além disso, a criança precisa apresentar características de socialização. Seja qual for o seu temperamento, ela deve saber se portar em grupo, respeitar as pessoas, saber quais são seus limites, ter disciplina, estabelecer boa comunicação, ir aos poucos adquirindo independência e responsabilidade, saber ganhar e saber perder, ter boas maneiras, etc. Depois disso, a criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem as percepções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil e auditiva). Deve dominar seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve conhecer seu corpo, seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem desenvolvidos. Por isso a importância das, brincadeiras de rua, de jogar bola, andar de bicicleta. rolar na grama, brincar com areia, nadar, correr, pular, etc. Isso é o que chamamos de coordenação motora global. O próximo passo, é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança se desenvolve nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são atividades que limitam-se mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à percepção sensorial e à concentração. Também são pré-requisitos importantes o desenvolvimento da capacidade de concentração, o desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser aprimorados com brinquedos e programas educativos, músicas, histórias, filmes infantis, livros, conversas informais, e tantas outros recursos. Toda e qualquer atividade estimula o cérebro, e quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o processo de aprendizagem. Além de tudo isso a criança precisa sem dúvida apresentar bom desenvolvimento físico e boa saúde. Por causa de todo esse aprendizado é importante que as crianças frequentem a pré-escola. Os pais devem estar atentos quanto a escolha de uma, por que muitas não tem a aprovação da secretaria de educação do município. São as conhecidas escolas de "fundo de quintal", onde não existem os recursos necessários para todo o desenvolvimento do período preparatório.

Uma boa pré-escola deve:

  • ser aprovada pela secretaria de educação
  • ser devidamente regularizada e fiscalizada
  • ter amplo espaço externo, com variedade de recursos para recreação
  • ser limpa e organizada
  • ter salas adequadas para idades diferentes, que devem ser limpas, arejadas, amplas e decoradas para melhor estimulação
  • ter recursos pedagógicos variados e organizados: brinquedos, jogos, ambientes de estimulação, atividades extra-curriculares
  • ter professores experientes formados em magistério e/ou pedagogia
  • ter cozinha e refeitório limpos e amplos
  • ter funcionários para limpeza: cozinha e secretaria
  • apresentar planos pedagógicos organizados e coerentes com as idades das crianças
  • ter atendimento e boa comunicação com os pais

Muitas pré-escolas se preocupam somente com a alfabetização da criança, mas é muito importante que a pré-escola se preocupe primeiramente com o desenvolvimento do período preparatório, com a estimulação de todos os pré-requisitos que já descrevemos. A escola não deve pular as etapas do desenvolvimento, isso é extremamente prejudicial e trará consequências futuras para a criança, nas áreas pedagógica, emocional ou social. Para ser alfabetizada, uma criança precisa estar madura em todos os sentidos, pois o processo de alfabetização apresenta novas etapas, e a criança deve estar preparada para vencê-las. É importante ressaltar que pré-escola não é um “depósito de crianças”, onde as crianças ficam para que os pais possam trabalhar. A pré-escola tem um papel importantíssimo no preparo da criança para a alfabetização e deve cumprir este papel com competência. É o início da formação da criança, é onde ela vai ter o primeiro contato com o processo de aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que ela terá no futuro. Esse contato deverá ser agradável e prazeroso, para que não gere traumas futuros. No período preparatório, a família e a escola devem caminhar juntas, auxiliando uma à outra mutuamente. A família deve estimular a criança, ajudá-la com as tarefas, participar das reuniões, estar em contato com os professores, interessar-se pela vida escolar da criança.

Para finalizar, a escolha de uma pré-escola, não é tarefa fácil, por isso os pais devem pesquisar muito, conhecer o maior número possível de pré-escolas, levando em consideração não só as suas expectativas em relação à escola, mas principalmente as da criança, procurando por uma boa escola, que seja adequada às necessidades dos seus filhos, que ofereça bom ambiente e bons serviços. É importante lembrar que a pré-escola é o começo da longa caminhada escolar de seus filhos, por isso, deve ser um bom começo, que proporcione alegria e satisfação para a criança, afinal... “a primeira professora a gente nunca esquece.”

Katia Ferreira Lima - Guia do Bebê.

Objetivos da Educação Infantil



São objetivos da Educação Infantil:

* Propiciar ao aluno um ambiente rico em experiências necessárias ao desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade;
* Promover a ampliação das experiências e conhecimentos do aluno, estimulando seu interesse pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade;
* Estimular a criatividade como elemento de auto-expressão; a construção do conhecimento que inclui necessariamente as idéias de descobrir, de inventar, de redescobrir e de criar.


Currículo

O currículo da Educação Infantil será organizado através das atividades assim distribuídas:

1. atividades de comunicação e expressão que desenvolvam as linguagens verbal, plástica, musical e corporal;
2. atividades com materiais que favoreçam o processo de elaboração de descoberta, de levantamento de hipóteses, de criação e de reinvenção;
3. atividades que estimulem a construção de conhecimentos matemáticos e do meio físico e social;
4. atividades que favoreçam o contato com a língua escrita.

As atividades serão programadas obedecendo a uma seqüência e ordenação cuidadosamente estabelecidas e serão apresentadas aos alunos de forma lúdica.



A educação psicomotora na idade pré escolar deve ser antes de tudo uma experiência ativa de confrontação com o meio. A ajuda educativa proveniente dos pais e do meio escolar tem a finalidade não de ensinar a criança comportamentos motores, mas sim de permitir-lhe exercer sua função de ajustamento, individualmente ou com outras crianças.

Na pré-escola o papel do professor não é alfabetizar, mas estimular funções psicomotoras necessárias ao aprendizado formal. Através do seu conhecimento e sensibilidade, ele pode dosar teoria e prática de maneira gradual, combinando os estímulos adequados para cada tipo de aluno.


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SEJA BEM-VINDO!

"A disciplina é a parte mais importante do sucesso"Truman Capote

"As dificuldades devem ser usadas para superar obstáculos e vencer, não para desencorajar. O espiríto humano cresce mais forte no conflito".Willilam Channing

"O plano que não tem lugar para mudanças é um plano ruim"Syrus

"Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida."Sandra Carey

"Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la."Cícero

"Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la."H.w.Beecher

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"Por educação espiritual entendo a educação do coração. O desenvolvimento apropriado e completo da mente dá-se, portanto, só quando caminham no mesmo ritmo a educação das faculdades físicas e a educação das faculdades espirituais da criança. Elas constituem um todo indivisível. Segundo esta teoria, portanto, é erro grosseiro supor que podem ser desenvolvidas separadamente uma das outras." Mahatma Gandhi

Bulling

Você pode Tudo! Supere! (diminua ou pare a mídia do blog, para assistir o vídeo)

MULHER

À você mulher Bem aventurada a mulher que cuida do próprio perfil interior e exterior, porque a harmonia da pessoa faz mais bela a convivência humana. Bem aventurada a mulher que, ao lado do homem, exercita a própria insubstituível responsabilidade na família, na sociedade, na história e no universo inteiro. Bem aventurada a mulher chamada a transmitir e a guardar a vida de maneira humilde e grande. Bem aventurada quando nela e ao redor dela acolhe faz crescer e protege a vida. Bem aventurada a mulher que põe a inteligência, a sensibilidade e a cultura a serviço dela, onde ela venha a ser diminuída ou deturpada. Bem aventurada a mulher que se empenha em promover um mundo mais justo e mais humano. Bem aventurada a mulher que, em seu caminho, encontra Cristo: escuta-O, acolhe-O, segue-O, como tantas mulheres do evangelho, e se deixa iluminar por Ele na opção de vida. Bem aventurada a mulher que, dia após dia, com pequenos gestos, com palavras e atenções que nascem do coração, traça sendas de esperança para a humanidade. Autor: (Desconhecido)

UMA VITÓRIA!

15/12/2009 Câmara aprova a regulamentação da profissão de psicopedagogia A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou há pouco o Projeto de Lei 3512/08, da deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO), que regulamenta a atividade de psicopedagogia. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta seguirá para análise do Senado. O relator, deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL), advertiu que não é possível ao Legislativo ter iniciativa para criar o conselho da classe, como apontou a Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público. Ele votou pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da proposta. Agência Câmara