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QUEM MANDA AQUI SOU EU!
A autoridade passada por atitude e bom exemplo
O professor não pode abdicar de seu poder, nem transferir, tercerizar sua autoridade. Frases como "se vocês não se comportarem vão para a coordenação" é fazer a tercerização da autoridade e assumir que "quem manda aqui não sou eu, é a coordenadora". Obviamente não estamos defendendo o autoritarismo ditatorial, mas a autoridade que organiza, que põe ordem, que possibilita a segurança, que abre espaço para a participação de todos os alunos. Esse poder precisa ser exercido de forma justa e acolhedora. Professores injustos perdem a autoridade que têm. Na visão dos alunos o professor que pune a turma toda por causa da bagunça da maioria é um professor injusto, pois havia pelo menos um aluno que não merecia a medida corretiva. Assim, quando o professor age de forma adequada, exercendo sua autoridade de forma justa e acolhedora, ele tem em sala um ambiente regido por uma postura de aprendizagem e de vontade de aprender, com relações baseadas no respeito e na amizade cada vez mais profunda. Não é nada fácil, mas é possível.
Em minha dissertação de mestrado pesquisei alunos do ensino médio e na opinião deles uma das mais importantes características de um bom professor é o fato dele ser "amigo". Para eles, ser amigo é ser justo, ouvir de verdade e exercer a autoridade de forma tranquila, sem gritar nem perder o controle emocional.
O PROFESSOR QUE VIVE EM SALA DE AULA ESSES PRINCÍPIOS, NUNCA PRECISA FALAR "QUEM MANDA AQUI SOU EU", POIS SUAS ATITUDES ACOLHEDORAS E JUSTAS INCENTIVAM A DISCIPLINA, O RESPEITO E A PAZ.
Marcos Meier (Rev.aprendizagem, ano 3 nº11 -Março/Abril/09, pg.21).
O que o aluno espera de um professor em sala de aula?
EDUCAÇÃO - VESTIBULAR ENTREVISTA 22/05/2007 - 00h04
O que o aluno espera de um professor em sala de aula?
Alunos não gostam de professor “bonzinho” demais, nem de ditador. O mestre de todas as horas deve ser justo, não chamar a atenção de todo o grupo quando a culpa é apenas de um, deve exercer a sua autoridade com bom senso. Esta é a conclusão da pesquisa realizada pelo psicopedagogo, matemático, mestre em educação, escritor e diretor do Colégio Martinus, Marcos Meier. Tantos títulos na vida de uma única pessoa não poderiam resultar em outra coisa, senão em um livro. “Mediação da Aprendizagem: Contribuições de Feuerstein e Vygotsky” foi lançado no dia 10 de maio como um acréscimo para as teorias da educação. O livro é resultado de uma pesquisa realizada entre alunos do ensino médio que apontaram o que é importante na relação entre o aluno e o professor. “Eles diziam que para ser um excelente professor, ele precisa ser amigo. É claro que meu ouvido de psicólogo não gostou muito desta resposta. Como um educador pode ser amigão?”, diz. A partir daí, Meier realizou entrevistas abertas para questionar aos estudantes o que é um professor amigo. Para a surpresa dele, eles responderam outra coisa.Gazeta do Povo – O que foi possível concluir com a pesquisa?Marcos Meier – O professor amigo descrito pelos alunos é bem diferente do que imaginávamos. Eles classificaram um bom professor a partir de três características. A primeira se refere aquela pessoa que escuta de verdade. É uma escuta ativa em que o professor presta atenção no que aluno está com dúvida. Tem professor que não deixa o aluno terminar a pergunta e já vai respondendo...eles odeiam isso. Em segundo lugar, os alunos querem que o professor exerça sua autoridade, não abdique dela nem terceirize a autoridade dele para a coordenação, por exemplo. Eles diziam assim: quando tiver um aluno atrapalhando o professor, ele tem que expulsar este aluno da sala de aula. Veja, na educação nós não defendemos isso, mas o aluno quer, ele deseja que o professor faça a aula acontecer. Em terceiro lugar o aluno quer um professor justo. Ele não pode dar uma bronca em todo mundo por causa da postura de um aluno. Quando prestamos mais atenção nestas características, percebemos que este amigo está muito mais relacionado à figura paterna do que um colega de classe.Qual é a contribuição da pesquisa para as teorias da educação?Existe uma teoria israelense conhecida no Brasil como teoria da mediação. Ela resgata o valor do professor como aquele que ajuda o aluno a aprender. Ao invés de ser aquele professor mais antigo, que somente passa a informação, dentro desta teoria o professor é visto como um mediador. Ele provoca o aluno, coloca sal na boca dos estudantes para que eles fiquem com sede de conhecimento.
Jacqueline, obrigado pelo carinho de divulgar meus textos! Um grande abraço,
ResponderExcluirMarcos Meier